Cabo Verde: “Apostamos nas renováveis não só por causa do ambiente mas porque é mais barato” (COM VÍDEO)

Cabo Verde: “Apostamos nas renováveis não só por causa do ambiente mas porque é mais barato” (COM VÍDEO)

Cabo Verde está a apostar nas energias renováveis não só por questões ambientais mas também porque é uma opção mais barata que as alternativas fósseis, revelou hoje, no Centro de Congressos do Estoril, o Director-Geral da Energia de Cabo Verde, Anildo Costa.

O responsável presidiu ao painel dedicado às energias renováveis nos países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), que decorreu ao final da manhã no âmbito da I Conferência “Energia para o Desenvolvimento da CPLP”.

“Pagamos um preço muito elevado pela electricidade de origem fóssil. Cada kw/h custa-nos 40 cêntimos. Queremos reduzir custos e ganhar competividade”, sublinhou ao Ambiente Online.

“Em países produtores de petróleo este produto tem sido o grande dinamizador da economia. Em outros países, como Cabo Verde, que não têm petróleo, feliz ou infelizmente, temos que apostar nos recursos naturais que temos”, enfatizou.

Em Cabo Verde 25 por cento da electricidade consumida já é de origem renovável. A maior fatia corresponde a energia eólica e apenas uma pequena parte, dois a três por cento, provém da energia solar, confirmou Anildo Costa.

O governo de Cabo Verde quer aumentar a aposta nas energias renováveis diversificando as fontes. O objectivo é chegar aos 100 por cento de electricidade de origem renovável em 2020. Para atingir essa meta o país quer investir na energia das ondas.

“Estamos a avaliar algumas propostas. Não queremos que aconteça o mesmo que aconteceu com a energia eólica. As empresas foram embora e deixaram o ferro velho. Desta vez queremos ser parte da solução”, garantiu ao Ambiente Online, à margem da sessão.

O responsável alertou no entanto para o uso da biomassa como combustível, o que em países com ecossistemas frágeis, como é o caso, podem revelar-se uma opção não sustentável.

Anildo Costa, que sublinhou o potencial energético que têm os países da CPLP, lembrou ainda que a especificidade do país, dividido por ilhas, traz também alguns desafios ao sistema.

Ana Santiago 

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