
ISQ e Gertal estudam modelo de negócio para valorizar resíduos alimentares orgânicos
O ISQ e a Gertal, maior operadora na área da restauração coletiva em Portugal vão estudar em conjunto um modelo de negócio inovador que permita valorizar os resíduos alimentares orgânicos. Sob a designação Gervalor e co-financiado pelo Fundo Ambiental, este projeto agora iniciado permitirá identificar a interligação entre a Gertal e diferentes agentes económicos, as diferentes soluções tecnológicas e as diferentes fileiras, com o propósito de garantir a valorização económica de resíduos orgânicos alimentares e a consequente redução do desperdício alimentar.
O Projeto GERValor surge de um histórico de colaboração entre a GERTAL e o Grupo ISQ, que permitiu identificar linhas de complementaridade entre as duas instituições para colaboração em várias iniciativas, incluindo o domínio da Economia Circular, nomeadamente a aplicação deste conceito no combate ao desperdício alimentar. A esta parceria junta-se o Labiagro- Laboratório Químico e Microbiológico, vocacionado para o controlo de qualidade alimentar, que aportará ao projeto conhecimentos específicos no domínio da cadeia de valor agroalimentar.
A Gertal é a maior empresa do setor e serviu em Portugal 61,3 milhões de refeições no ano de 2016. Estas refeições representaram um volume de compras de 40 mil toneladas de matéria-prima alimentar que, depois de serem introduzidas na cadeia de valor, geraram aproximadamente 8875 toneladas de resíduos, sendo que cerca de 7800 toneladas foram resíduos orgânicos alimentares.
Os impactos sociais, ambientais e económicos do desperdício alimentar são considerados muito elevados pela generalidade dos observadores desta área. Em setembro de 2015, no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030, a Assembleia Geral das Nações Unidas, adotou a meta de reduzir para metade o desperdício de alimentos per capita a nível do retalho e do consumidor e de reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e de abastecimento.