Monitorização da COVID-19 em ETARs permite deteção precoce de surtos
Com o objetivo de detetar a presença do vírus SARS-Cov-2 responsável pela COVID-19, a ALS Portugal está a implementar métodos de análise a águas residuais, recolhidas em ETARs e estações afluentes. Esta análise assume a maior relevância, uma vez que o rastreio e monitorização da COVID-19 por esta via permite a deteção precoce de surtos, uma vez que o vírus é expelido pelo corpo humano numa fase muito inicial da contaminação, vários dias antes de começarem a evidenciar os sintomas.
Neste sentido, a ALS desenvolveu dois métodos, um qualitativo e outro quantitativo para a deteção do SARS-CoV-2 em águas residuais. O primeiro permite saber a presença ou ausência do vírus e o segundo quantificar a carga viral, monitorizando as tendências de infeção de uma população. Empresas e zonas industriais, escolas e campus universitários, mas também autarquias locais e entidades de gestão de águas residuais, poderão recorrer a estes serviços, identificando precocemente o surgimento de surtos e dispondo assim de um sistema de alerta que possibilita a implementação de medidas para mitigar a propagação do vírus.
De recordar que no passado dia 17 de março foi publicada a Recomendação (UE) 2021/472 da Comissão Europeia relativa à estratégia comum a adotar para vigilância sistemática da presença do vírus SARS-CoV-2 na população através da sua monitorização em águas residuais.