Novo incinerador da Chamusca também vai processar resíduos hospitalares de Espanha

Novo incinerador da Chamusca também vai processar resíduos hospitalares de Espanha

O novo incinerador de resíduos hospitalares perigosos da Ambimed, instalado no Eco-Parque do Relvão, na Carregueira, Chamusca, que vem complementar a rede de unidades existente em Portugal para tratamento deste tipo de resíduos, processará também material vindo de Espanha. A previsão é de que até 25 por cento da capacidade instalada na unidade seja afecta ao tratamento deste tipo de resíduos produzidos no país vizinho, revela o coordenador do projecto, José Manuel Palma, em declarações ao Ambiente Online.

“A classificação dos resíduos hospitalares em Espanha é diferente da actualmente em vigor no nosso país na medida em que no nosso país alguns dos resíduos considerados de incineração obrigatória são passíveis de autoclavagem [tratamento térmico] em Espanha. Assim só poderemos esperar resíduos de incineração obrigatória em Espanha e apenas aqueles que são produzidos nas regiões autónomas perto de Portugal cujas alternativas de tratamento ou se encontrem mais longe ou sejam impossíveis”, explica o responsável.

O novo Centro Integrado de Gestão de Resíduos (CIGR) é inaugurado esta sexta-feira, 18 de Setembro, mas só começará a funcionar em Outubro, já que se encontra ainda em fase de testes.

A unidade vai ter capacidade para processar 18 toneladas de por dia, o equivalente a 5.400 toneladas ano, tendo já em conta as previsões de paragem necessárias para os períodos de manutenção.

Com este investimento da Ambimed, suportado por capital próprio, superior a cinco milhões de euros, Portugal passa a ter capacidade de tratar todos os resíduos hospitalares do grupo IV (onde se incluem os resíduos citotóxicos) de incineração obrigatória, complementando assim a actual rede de tratamento destes resíduos já existente (Barreiro, Beja, Braga, Aljezur e Ilha Terceira) e possibilitando a exportação deste serviço.

Neste novo incinerador podem ser ainda processados resíduos de medicamentos, sub-produtos de origem animal e outros resíduos que careçam de destruição por incineração.

O CIGR utiliza de forma inovadora e de acordo com as melhores técnicas disponíveis a nível mundial os princípios base da destruição térmica. “O processo foi desenhado de modo a que trabalhe sobre os princípios de pirólise controlada havendo depois uma combustão eficaz dos gases produzidos na câmara de pós-combustão e com recuperação de energia”, divulga a empresa.

Na unidade todos os processos são avaliados e controlados de forma a garantir a eficaz “destruição do potencial de perigosidade dos resíduos" e a diminuir ao mínimo a emissão de gases de combustão”.

  

A Ambimed, Gestão Ambiental Lda, empresa do grupo Stericycle Portugal, é líder de mercado na disponibilização de serviços globais de gestão de resíduos hospitalares. A empresa tem 400 colaboradores e detém sete instalações de gestão de resíduos hospitalares em território nacional.

Ana Santiago

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