Plano de Pormenor para ampliar Eco Parque do Relvão na Chamusca está pronto até final de Junho

Plano de Pormenor para ampliar Eco Parque do Relvão na Chamusca está pronto até final de Junho

Até ao final de Junho deverá estar concluído o Plano de Pormenor do Eco Parque do Relvão, localizado no concelho da Chamusca. Este procedimento vai permitir ampliar o parque ambiental (depois da desafectação da REN – Reserva Ecológica Nacional) respondendo à procura de várias empresas que ali se querem instalar.

O Eco Parque do Relvão não está delimitado como parque industrial, ao nível do ordenamento do território, tendo crescido ao sabor das necessidades que foram surgindo. Nesta situação de “ilegalidade” estão 12 unidades industriais de tratamento de resíduos urbanos, industriais e perigosos, a funcionar em pleno, e outras unidades que ainda se encontram em fase de testes.

Para já, a CCDR-LVT (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo) permitiu fazer a legalização de alguns espaços relativamente aos quais apenas existia uma suspensão temporária do Plano Director Municipal do concelho, que se encontra em fase de revisão.

Em causa estão as zonas de ampliação dos dois CIRVER (Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos); da instalação do Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Hospitalares e Industriais (CIVTRHI) e de áreas de expansão da Resitejo e Ribtejo, avançou o presidente do município da Chamusca, Paulo Queimado, ao AmbienteOnline.

Para facilitar este processo e acelerar os procedimentos de licenciamento, a autarquia está a ponderar criar uma ZER – Zona Económica Responsável. Mas as preocupações em torno do Eco Parque não se ficam por aqui. “O último estudo que fizemos apontava para a circulação diária de 400 camiões com mais de 20 toneladas, que têm quase todos como destino o Eco Parque. E os números não são muito recentes porque já temos mais três unidades em funcionamento desde que fizemos este levantamento. Só da Ecolezíria – cujos resíduos são recebidos aqui pela Resitejo – são mais 20 camiões por dia”, assevera Paulo Queimado.

Ora, como o trânsito de veículos pesados foge das auto-estradas por causa das portagens e das estradas nacionais por causa dos controlos restam as estradas municipais que “estão a ficar destruídas nesta região”.

É por isso que a acessibilidade ao Eco Parque, que se traduz na construção de uma nova variante que inclui o corredor do IC3 Almeirim-Chamusca, é reivindicada pelo autarca. “O Eco Parque é uma área estruturante não só para a região, mas também para o país. Em 10 anos de existência já tem uma capacidade instalada superior ao previsto e continuamos a receber muitas empresas interessadas em vir para cá”, aponta Paulo Queimado.

Com a comissão de acompanhamento do Eco Parque já em pleno funcionamento, o presidente da Câmara da Chamusca explica que além de garantir um serviço ao país, a qualidade ambiental da região tem de ser salvaguardada. Por isso está a ser feita a monitorização da qualidade das águas superficiais e recentemente começou a ser feita a monitorização da qualidade do ar. “A APA não nos deu qualquer apoio, mas enquanto câmara tivemos de assegurar este serviço porque apesar de não existir da nossa parte essa obrigação o bem-estar da população tem de ser assegurado. Temos duas incineradoras de resíduos hospitalares, dois centros de tratamentos de resíduos perigosos, unidades de regeneração de óleo… Temos de dar garantias às pessoas”, conclui o autarca.

Lúcia Duarte

Foto: Município da Chamusca

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