Sá da Costa (APREN): “Em 15 anos dividimos por três pegada de carbono por MWh de electricidade” (C/ VÍDEO)

Sá da Costa (APREN): “Em 15 anos dividimos por três pegada de carbono por MWh de electricidade” (C/ VÍDEO)

No espaço de 15 anos Portugal dividiu por três a pegada de carbono por MWh de electricidade. “Em 1999 cada MWh de electricidade produzida em Portugal trazia atrás de si 640 kg de CO2. Hoje em dia esse valor baixou para 220” graças às renováveis, realça ao Ambiente Online o presidente da APREN (Associação de Energias Renováveis), António Sá da Costa.

Este foi um dos dados sublinhados pelo responsável durante a apresentação das publicações da APREN de 2015. A cerimónia decorreu ontem, ao final da tarde, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

A Associação de Energias Renováveis publicou este ano um anuário com mais 100 páginas, com todas as centrais renováveis dos associados e que inclui, pela primeira vez, a componente de geotermia, a energia do calor do interior da terra, referente às duas unidades da região autónoma dos Açores – Pico Vermelho (10MW) e Ribeira Grande (13 MW).

António Sá da Costa sublinha que no final de 2014 a APREN representava já 92 por cento da potência instalada em renováveis em Portugal abarcando todas as tecnologias.

Em 2014 a electricidade de origem renovável representou quase 63 por cento do consumo nacional no continente. “Isto é importante desde logo porque reduzimos a nossa dependência energética do exterior à custa da electricidade de origem renovável entre 12 a 13 por cento poupando mais de 500 milhões de euros em importação de combustíveis fósseis. Por outro lado esta mudança tem impactos na criação de emprego e no ambiente”.

A APREN publicou ainda um mapa em formato A4 desdobrável com todas as centrais renováveis do nosso país, filiadas e não filiadas na APREN, que inclui desde a grande e pequena hídrica, eólica, biomassa, solar até à geotermia, ondas e marés, biogás e RSU (Resíduos Sólidos Urbanos). “É uma peça importante para que qualquer pessoa perceba o que representa o sector em termos de distribuição geográfica”, explica.

Associado a este mapa está disponível online uma base de dados de fontes renováveis de energia E2P (Energias Endógenas de Portugal), construída em parceria com o INEGI (Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial) da Universidade do Porto. “É uma ferramenta disponível a qualquer cidadão que queira saber um pouco mais sobre as renováveis”, revela António Sá da Costa.

O responsável sublinha que a missão da associação tem sido não só defender os interesses dos associados como divulgar as vantagens e os benefícios, mas também alguns inconvenientes, que a electricidade de origem renovável comporta. “Portugal precisa de nossa energia”, remata o responsável.  

Ana Santiago 

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