Sector das renováveis preocupado com falta de estratégia do Governo

Sector das renováveis preocupado com falta de estratégia do Governo

O sector das energias renováveis queixa-se de não ter sido tido nem achado na “reforma” que está a ser conduzida pelo Ministro do Ambiente. As empresas do sector estão preocupadas e na expectativa do que pode vir a acontecer.

José Matos Fernandes já anunciou a revisão do Plano Nacional de Barragens ao nível das grandes barragens, mas também no domínio das mini-hídricas, em que já foram identificadas “muitas que não irão ser construídas”.

José Medeiros Pinto, secretário-geral da APREN lembra que as mini-hídricas não são, só por si, determinantes para o cumprimento das metas nacionais. No entanto, “no seu conjunto elas são importantes peças das energias renováveis em Portugal”.

José Medeiros Pinto lança ainda um alerta: “haverá outras decisões já tomadas que podem afetar o sector das energias renováveis?” Ninguém sabe. A preocupação enquadra-se na falta de uma “estratégia” ou “visão global” do sector, que o ministro tem revelado ao divulgar iniciativas avulsas. Para a APREN as medidas até agora anunciadas põem em causa o cumprimento das metas nacionais.

“É preciso muito bom senso nas medidas a tomar e ter uma visão integrada das renováveis. Por exemplo, a energia solar já é a renovável mais barata. Mas qual vai ser a estratégia para esta tecnologia? E para a eólica, cujos parques mais antigos do país chegam ao tempo de vida útil dentro de cinco anos?”, observa o responsável da associação. Seis meses após a tomada de posse do atual Governo, o sector pede atenção redobrada.

Lúcia Duarte

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