
SIPNAT aposta em dados geográficos
A concepção da nova plataforma embate, contudo, naquela que é a principal debilidade do ICNB em todo o processo. «Há falta de formação de recursos humanos em sistemas de informação geográfica (SIG) dentro do Instituto», reconhece Maria João Cabral, uma das responsáveis pelo projecto. No entanto, a tendência está a ser contrariada e está já prevista uma acção de formação de 50 técnicos do ICNB em SIG, ao abrigo de um programa aprovado pelo SAMA – Sistema de Apoios à Modernização Administrativa.
A plataforma vai conter informação georreferenciada noutras temáticas, como é o caso dos habitats, geologia, solos, unidades de paisagem e ordenamento do território. Ainda em planeamento está a questão dos meios marinhos e a sua abordagem integrada no SIPNAT. Outra das novidades diz respeito à abertura do sistema ao exterior. «Pretendemos, através de parcerias e protocolos - com empresas privadas, instituições de investigação, universidades, outros institutos públicos e até cidadãos singulares – conseguir o máximo de informação validada cientificamente», explica a responsável do ICNB. Ou seja, todos os utilizadores da plataforma podem ser, simultaneamente, receptores e produtores de informação.
Com uma equipa de 40 pessoas e um «empenho total», o projecto está directamente ligado à presidência do ICNB. Por enquanto, decorre o segundo concurso para adjudicação a uma empresa externa da construção das aplicações. Composto por 11 actividades de modernização, o projecto é financiado por fundos comunitários através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).