Planos de Segurança da Água com novo manual
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Planos de Segurança da Água com novo manual

O Grupo Águas de Portugal (AdP) e a Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) lançaram, esta manhã, um Manual para o Desenvolvimento de Planos de Segurança da Água (PSA). Propostos em 2004 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como forma de melhorar os princípios e as práticas de controlo da qualidade da água, os PSA incorporam uma nova abordagem de avaliação e gestão de riscos em todas as etapas do sistema de abastecimento de água para consumo humano, desde a captação até à torneira do consumidor. Portugal tem sido um dos pioneiros mundiais na investigação, aplicação e implementação dos PSA.

O manual é constituído por onze módulos, nos quais são explicadas as etapas a cumprir no que toca ao olaneamento, execução, monitorização e revisão dos PSA.

«Quando está em causa a qualidade da água para consumo humano, nós procuramos reduzir os riscos ao mínimo; esta é uma questão que preocupa todos os operadores», afirma o presidente do conselho de administração da AdP. Ora, recorda Pedro Serra, «os PSA baseiam-se na avaliação dos riscos» e constituem «planos de contingência» que definem «as soluções mais robustas e resilientes para a minimização dos riscos».

Por isso, o presidente da APDA exortou todas as entidades gestoras, empresas e outros envolvidos no sector a que concretizem os PSA: «os que ainda não os fizeram, verão o quanto os PSA podem contribuir para uma gestão eficaz e para a qualidade do produto água, que é, aliás, o objectivo final de todas as entidades gestoras». A inclusão da questão do risco desde a origem até à torneira do consumidor faz dos PSA, na opinião de Rui Godinho, uma «ferramenta global» que «estabelece mecanismos de controlo mais vastos e mais profundos» e vai «contribuir para que as nossas entidades gestoras (que já têm um desempenho muito bom) dêem um salto a caminho da excelência».

A própria Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) está a prestar apoio técnico e financeiro a 20 projectos piloto, uma vez que «os PSA são uma ferramenta de gestão de risco que servem para resolver problemas muito diversos e a diferentes velocidades», tanto a nível global como a nível nacional, afirmou o director do Departamento de Qualidade da Água da ERSAR. Segundo Luís Simas, a entidade reguladora pretende «exercer o magistério de influência junto das entidades gestoras e a actuar como força motriz», contribuindo, assim, para a implementação e disseminação dos PSA a nível nacional.

Rui Sancho, da Águas do Algarve (uma das entidades gestoras que foi pioneira na implementação de um PSA), considera que «quem iniciar o processo agora já tem uma vantagem: a metodologia de elaboração de um PSA está estável» e compilada no Manual para o Desenvolvimento de Planos de Segurança da Água lançado hoje pela AdP e pela APDA.

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