Lipor trata resíduos de construção e demolição

A Lipor - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto pretende ter a funcionar já no próximo ano centros de deposição e valorização dos cerca de um milhão de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) produzidos anualmente na região, segundo a edição de Novembro do jornal «Água&Ambiente». De acordo com Fernando Leite, administrador da Lipor, o objectivo é que estas estruturas evitem as deposições de restos de betão, azulejos, tijolos, madeira ou vidro na berma das estradas, ao mesmo tempo que se promove a reciclagem destes resíduos. Isto porque os futuros ecocentros de RCD «não se resumem unicamente à constituição de depósitos de materiais, mas muito especialmente de plataformas de triagem para reutilização dos mesmos, por exemplo telhas ou perpeanho, e de áreas para crivagem de materiais do tipo entulho». O projecto, que está ser desenvolvido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, não tem ainda contabilizadas as verbas necessárias para a sua implementação, no entanto o administrador da Lipor garante que há já empresas interessadas. Este interesse é, de resto, visto pela empresa responsável pela gestão dos resíduos das autarquias de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde, como «essencial uma vez que a cooperação público-privada poderá facilitar os processos e técnicas».