EGF vende empresas de resíduos industriais que apresentavam resultados negativos
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EGF vende empresas de resíduos industriais que apresentavam resultados negativos

A Empresa Geral de Fomento (EGF), sub-holding do grupo Águas de Portugal para o sector dos resíduos, está a reestruturar as empresas dedicadas aos resíduos industriais agrupadas na Regia com o objectivo de reajustar-se ao mercado. «Algumas destas empresas foram criadas quando os fluxos de resíduos ainda não estavam montados. Agora que os mercados estão mais maduros tem de se avaliar e reorganizar essas empresas», explicou Nuno Pinto, administrador da EGF, citado pelo jornal «Água&Ambiente». Em causa estão os resultados pouco promissores e mesmo negativos de tais actividades, depois de a resolução do Conselho de Ministros de 16 de Maio de 2004 ter fixado que até ao final do ano deveriam ser «alienadas as unidades empresariais que operam na área dos resíduos industriais do universo da EGF». Entre os casos de maior destaque estão a Interecycling e a Recipneu. A primeira foi criada em 2001, em parceria com empresas privadas, com o objectivo de fazer a reciclagem de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos. Contudo, a inexistência de um sistema integrado de gestão destes resíduos, constituído apenas no final de 2004, que assegurasse o fornecimento de matéria-prima à unidade acabou por toldar o funcionamento da empresa. Em Agosto, a EGF abandonou o negócio, vendendo os seus 35,5 por cento ao grupo Vidal, que ficou com 100 por cento do capital social, por 300 mil euros. Um investimento, diz Nuno Pinto, que não foi recuperado. Já a Recipneu, dedicada à reciclagem de pneus em pós e granulados, teve de debater-se com a falta de aceitação do seu produto final no mercado. Neste caso, a EGF decidiu fundir a Recipneu com a Recipav, dedicada a novos materiais para pavimentação de estradas, ambas pertencentes à Recigroup. Isto porque se perspectiva uma melhoria do exercício da actividade das empresas muito em breve. Neste sentido, foi estabelecido em Dezembro último um protocolo de apoio à concepção de novos materiais para construção rodoviária entre a Universidade do Minho e a Recipav. Todavia, a actual administração da EGF apresentou uma queixa ao Tribunal de Contas e à Procuradoria Geral da República por suspeitas na gestão da Recigroup com a anterior administração.
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