Alqueva pode acolher mais seis aproveitamentos hidroeléctricos
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Alqueva pode acolher mais seis aproveitamentos hidroeléctricos

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva pode ver nascer pelo menos mais seis aproveitamentos hidroeléctricos que, no conjunto, podem produzir 43 gigawatts por hora (GWh) de energia anual média. O objectivo do estudo da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruras do Alqueva (EDIA), que analisou um total de 48 locais, é reforçar a capacidade instalada para a produção de energia eléctrica a partir da construção e entrada em funcionamento da central hidroeléctrica. «Foram identificados 48 locais potenciais para a construção ou instalação de aproveitamentos hidroeléctricos nos sub-sistemas do Alqueva, do Ardila e do Pedrógão. Da aplicação do critério estabelecido para a selecção dos aproveitamentos identificados resultou a análise da viabilidade de 20 aproveitamentos hidroeléctricos», lê-se no Estudo Sumário de Viabilidade da Construção de Aproveitamentos Hidroelétricos no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva a que o jornal Água&Ambiente teve acesso. Contudo, destes locais apenas 20 foram alvo de uma posterior análise quanto à sua viabilidade, no que respeita à determinação da produção energética e à estimativa de custo de cada um dos aproveitamentos. Daqui, resulta, que seis barragens - Alvito (na tomada de água para o canal Alvito/Pisão), Odivelas, Vale do Gaio, Pisão, Roxo e Serpa (aproveitamento da queda à entrada da albufeira) – «apresentam indicadores económicos francamente positivos denotando viabilidade económica». Só a título de exemplo, na barragem de Odivelas, com uma potência de 2615 kilowatts (KW), e uma taxa interna de rentabilidade (TIR) estimada em 72,4 por cento, poder-se-ia produzir em média 14,72 GWh/ano, enquanto no aproveitamento hidroeléctrico de Vale do Gaio (potência de 2230 KW) a produção poderia atingir em média os 10,58 GWh/ano com uma TIR de 66 por cento. Em 35 anos, a remuneração total de cada um dos empreendimentos seria da ordem dos 18,8 milhões e 13,2 milhões de euros, respectivamente. Tanto na barragem de Odivelas como na de Vale do Gaio os custos de instalação rondam em média os 550 euros por KW. Quanto à barragem do Alvito 1 (potência de 3500 KW), poderão ser gerados anualmente em média 8,5 GWh, o que ao fim de 35 anos implicará uma remuneração total de 10,3 milhões de euros, apesar de os custos de instalação por KW subirem para pouco mais de mil euros e da TIR baixar para 15,8 por cento.
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