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Sende CO2 lança-se no mercado nacional de emissões
A Sende CO2, empresa espanhola de negociação de direitos de emissão de dióxido de carbono (CO2), quer entrar no mercado português. Mas a falta da lista definitiva dos títulos de emissão das 244 empresas abrangidas, que apenas foi publicada em Diário da República a 13 de Setembro, bem como dos remanescentes mecanismos de controlo e monitorização, da responsabilidade do Instituto do Ambiente, têm travado os intentos da empresa.
Mesmo assim, Javier Tordable, director-geral da Sende CO2, está confiante: «esperamos poder entrar no mercado português antes do final de 2005».
Visto que a Sende CO2 pretende abrir uma sucursal em Portugal, Javier Tordable adiantou ao jornal Água&Ambiente que está à procura de um director-geral para o mercado nacional. E se em Espanha, a empresa espera que os seus clientes cheguem este ano aos 60, em Portugal as suas perspectivas são menos ambiciosas, estimando uma carteira de clientes na ordem dos 30.
A empresa espanhola representa a primeira bolsa pan-europeia de direitos de emissão de CO2, tendo sido criada em Setembro de 2004. A ideia desta plataforma é actuar no mercado ibérico e italiano e proporcionar às grandes, médias e pequenas empresas um sistema, com base na Internet, que permite a troca de direitos de emissão «de uma forma segura e eficiente».
Nesta plataforma também participam os mercados do norte da Europa como Holanda, Alemanha e Reino Unido, graças a um acordo que a Sende CO2 estabeleceu em Março com a Climex, bolsa holandesa de direitos de emissão.