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ambiente
Pedreiras da Arrábida omitem volume anual extraído
Autênticas
crateras lunares, abertas em pleno Parque Natural da Arrábida
(PNA), há mais de 30 anos. É o cenário provocado
pela actividade extractiva das 7 pedreiras, duas da Secil, na área
de Setúbal, e mais cinco, na área de Sesimbra,
localizadas na área do do PNA, criado em 1976.
Hoje
não se conhece o volume anualmente extraído em cada uma
das pedreiras porque cabe às mesmas decidirem se querem ou não
divulgar essa informação, informa Carlos Caxaria,
subdirector-geral da Direcção Geral de Energia e
Geologia (DGEG).
O
jornal Água&Ambiente contactou as pedreiras Marques
Gomes Galo, Henrique Borges Iarenga, Sanchez, Pedro Silo, Teodoro
Gomes Alho, situadas em Sesimbra, mas nenhuma quis adiantar estes
valores. No entanto, sabe-se que em 2006 foram extraídas
«cerca de 6,3 milhões de toneladas de matéria-primas
no concelho de Sesimbra, incluindo outras pedreiras fora do PNA»,
adianta Carlos Caxaria. Na área do PNA estima-se que o volume
total extraído nesse ano tenha chegado aos 5 milhões de
toneladas.
Estas
pedreiras, juntamente com as do concelho de Alenquer, são a
fonte de abastecimento de brita para construção civil e
obras públicas na área metropolitana de Lisboa, cujo
consumo ultrapassa os 10 milhões de toneladas/ano. As
quantidades anuais exploradas vão dependendo das necessidades
do mercado mas, garante Carlos Caxaria, as cinco pedreiras de
Sesimbra com actividade no espaço do PNA, «estão
impedidas de aumentar em superfície a sua área de
exploração».