Badoca Safari Park: vida selvagem no Alentejo
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Badoca Safari Park: vida selvagem no Alentejo

Com a promessa de dar um novo sentido à descoberta do Alentejo, o Badoca Safari Park propõe uma autêntica viagem pela selva. Nos 90 hectares da Herdade da Badoca, em Vila Nova de Santo André, passeiam-se lémures, tigres, póneis e cangurus, cavalos, girafas e cabras anãs, aves exóticas, entre outras espécies selvagens, em regime de semi-liberdade. 

«Os animais podem ser vistos ou não, depende da sua vontade. Não andamos a persegui-los», explica ao AmbienteOnline Francisco Simões de Almeida, director do parque animal, referindo-se ao safari, a principal actividade que os visitantes têm à disposição. Durante uma hora, o tractor transporta as pessoas nos reboques pelos montes da herdade, onde é possível ver de perto os animais e saber as suas características biológicas, o habitat, a alimentação, reprodução e estado de conservação, através das explicações dadas pelos guias.

A conservação das espécies é, aliás, um dos principais objectivos que estão na base do primeiro safari park português, criado em 1999. «Pretendemos criar condições de bem-estar aos animais, para que eles se reproduzam. Queremos ter consciência de que estamos a contribuir para a sobrevivência das espécies que temos em cativeiro», assegura o responsável.
 
Inovar todos os anos

Porque «os parques temáticos são um negócio com um grande investimento, há que inovar todos os anos, para chamar as pessoas a repetir a visita», esclarece Simões de Almeida. Este ano, a novidade é o rafting africano: a bordo de um barco pneumático, cerca de nove pessoas podem percorrer 500 metros de um rio recriado dentro da aldeia africana, com águas turbulentas, cascatas e túneis. Segundo o director do parque, o rafting é «um complemento à visita», ao qual se junta a nova loja à saída, onde os interessados podem comprar lembranças relativas ao espaço.
 
Para 2009, está prevista a criação das Ilhas dos Grandes Primatas. Nas ilhas, que terão cerca de 1900 m2 cada, babuínos, orangotangos e chimpanzés vão circular em liberdade. Separados dos animais por um canal de água, os visitantes vão poder assistir a sessões temáticas de explicação e sensibilização sobre aquelas espécies.
 
Portugueses mais assíduos

Apesar de notar um crescimento no número de visitantes estrangeiros, Simões de Almeida garante que o parque é mais visitado pelos portugueses. «Até porque na zona [entre Santiago do Cacém e Sines] não há muitas infra-estruturas para estrangeiros», lamenta o responsável. Com uma média de 130 a 140 mil visitantes por ano, entre escolas, instituições sociais e famílias, o director garante que «a crise sente-se muito no parque, porque é normal que este seja um dos primeiros luxos a cortar».

Apesar de tudo, o futuro é promissor. Simões de Almeida refere que o Badoca vai «acompanhar o crescimento turístico da região», apoiado em inovações internas. Quanto ao panorama nacional, o dirigente acredita que estarão para breve outros projectos, embora ressalve que «temos de ter noção das nossas dimensões, pois não haverá espaço para todos».
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