
ambiente
Ecopilhas ultrapassa 80 milhões de pilhas e baterias encaminhadas para reciclagem
Se
em 2004 a palavra pilhão ainda não constava do
vocabulário dos portugueses, hoje o cenário é
significativamente diferente. No ano passado, 88 por cento dos
portugueses já reconhecia esse termo como sendo o recipiente
para colocar pilhas usadas. Talvez por isso a recolha de pilhas e
baterias usadas tenha conhecido um significativo aumento nos últimos
5 anos. Das 7,84 milhões de pilhas e baterias recolhidas em
2004 passou-se, no ano passado, para 19 milhões de unidades
recolhidas.
Com
efeito, desde 2004 que a sociedade gestora de resíduos de
pilhas e acumuladores já recolheu mais de 80 milhões
destas unidades, ressaltou Eurico Cordeiro, director-geral da
Ecopilhas, num encontro realizado hoje em Lisboa, para assinalar os
cinco anos de actividade desta entidade gestora.
Actualmente,
a Ecopilhas é responsável pela gestão dos
resíduos de pilhas e baterias usadas de cerca de 380 empresas
e conta com 1800 ecoparceiros, que contribuem para que haja mais de
16 000 locais de recolha espalhados pelo País. No entanto,
este número deverá crescer 50 por cento nos próximos
3 anos, adiantou o responsável.
Reparos à nova
legislação
Durante
a iniciativa, o director-geral da Ecopilhas alertou ainda para as
recentes alterações na legislação para
este fluxo, decorrente da aprovação do Decreto-Lei nº
6/2009. O diploma «veio completar alguns aspectos da legislação
europeia, que pouco alteram a realidade vivida pelas empresas e pelos
cidadãos desde 2008», diz, lembrando que «Portugal
já tinha no decreto-lei anterior a melhor legislação
da Europa».
Com
o novo enquadramento legal, até 26 de
Setembro de 2009, todos os produtores de pilhas e acumuladores serão
obrigados a submeter a gestão dos seus resíduos a um
sistema integrado ou individual, à semelhança do que
acontece, hoje em dia, com os resíduos de embalagens ou de
equipamentos eléctricos e electrónicos.
Eurico
Cordeiro chama a atenção, todavia, que «é
necessário esclarecer alguns aspectos da nova legislação,
nomeadamente os que dizem respeito ao registo dos produtores e das
quantidades de pilhas e baterias colocadas no mercado nacional»,
já que esta novidade introduzida pelo novo diploma na prática
já era assegurada pela Ecopilhas no decorrer da sua
actividade.
Em
declarações ao AmbienteOnline, Eurico Cordeiro
confirmou, no entanto, que a Ecopilhas se prepara para entregar o seu
pedido de licenciamento para entidade gestora e entidade de registo
de «todas as pilhas e acumuladores, incluindo baterias de
automóveis e baterias industriais».