Serras do Porto avalia impacto de projeto de exploração mineira na sua zona
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Serras do Porto avalia impacto de projeto de exploração mineira na sua zona

A Associação de Municípios Parque das Serras do Porto está a analisar o projeto de exploração mineira nos concelhos de Gondomar, Paredes e Penafiel, procurando conhecer a dimensão dos impactes expectáveis, revelou em comunicado.


Esta posição surgiu um dia após a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) revelar que aquele projeto de exploração mineira está sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental prévio ao início da intervenção.


Em causa está o Aviso n.º 3711/2021, publicado pela DGEG, relativo à requisição por parte da Beralt Tin and Wolfram (Portugal), S. A., da celebração de contrato administrativo para atribuição direta de concessão de exploração de depósitos minerais. Ouro, prata, cobre, chumbo, zinco, estanho, tungsténio e minerais associados são os minérios que a empresa quer explorar no denominado “Banjas”, localizado nos concelhos de Gondomar, Paredes e Penafiel, abrangendo uma área de 1185,475 hectares.


A Associação de Municípios revela ainda que vai avaliar com o “devido cuidado todos os elementos disponíveis e compilar os contributos das equipas técnicas e de consultoria especializada”. Neste esforço, o Parque das Serras pretende, também, “promover a articulação com o município de Penafiel e outras entidades intervenientes (DGEG, APA [Agência Portuguesa do Ambiente], CCDR-N [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte], ICNF [Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta], entre outras), de modo a que a sua pronúncia seja a mais fundamentada possível”, clarificando ainda que “não foi contactada previamente” pela DGEG sobre o presente assunto e sublinha que a Paisagem Protegida Regional Parque das Serras do Porto, criada em março de 2017, “constitui uma importantíssima infraestrutura verde na densamente urbanizada Área Metropolitana do Porto, habitada por mais de 1,7 milhões de pessoas”: “Reconhecemos a relevância da mineração aurífera romana, um legado com 2.000 anos. Hoje, será tempo de priorizar o bem comum, em detrimento dos interesses individuais. Esta é a década do restauro dos ecossistemas não da sua delapidação”, alerta o Parque das Serras.


O documento é assinado pelos três presidentes dos municípios que a constituem: José Manuel Ribeiro (CM Valongo e, em 2021, presidente executivo da associação), Marco Martins (Gondomar) e Alexandre Almeida (Paredes).

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