Sociedade Ponto Verde distribui 340 mil ecopontos domésticos
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Sociedade Ponto Verde distribui 340 mil ecopontos domésticos

Dois milhões de lares de 200 concelhos do país vão receber a visita de uma equipa da Sociedade Ponto Verde, no âmbito de uma ação de sensibilização que visa aumentar a taxa de reciclagem no país e contribuir para as metas propostas no novo Plano Estratégico dos Resíduos Urbanos (PERSU 2020). No total, a Missão Reciclar prevê a entrega de mais de 340 mil ecopontos domésticos.

De acordo com os estudos que têm vindo a ser feitos desde 2005 pela Sociedade Ponto Verde, chegou-se à conclusão de que “existem barreiras físicas” que levam a que as pessoas não separem o lixo, sendo uma delas “não existir um recipiente no lar”, adiantou diretor-geral da Sociedade Ponto Verde, Luís Veiga Martins, à agência Lusa.

Segundo os dados desta entidade, responsável pela gestão do sistema integrado de recolha e tratamento de resíduos de embalagens em Portugal, apenas 69% dos lares portugueses fazem regularmente a separação de embalagens usadas. Números que têm se ser melhorados para que o país cumpra os novos objectivos de reciclagem.

Recorde-se que dos 320 milhões de euros de investimento previstos pelo governo para a implementação do novo plano para os resíduos urbanos até 2020,  a maior fatia – 100 milhões – será alocada a projectos de recolha selectiva, ficando esta área com a maior parte dos fundos europeus canalizados para o sector no próximo quadro comunitário de apoio.  

Como metas, o PERSU 2020 prevê o aumento da retoma de resíduos recicláveis através de recolha selectiva para 47 quilos por habitante/ano. O aumento da percentagem de resíduos urbanos reciclados para o dobro, de 24% em 2012 para 50% em 2020, e a diminuição da deposição directa de resíduos em aterro, dos actuais 63% para 35% em 2020, fazem igualmente parte dos números impostos por Bruxelas.

Outra das novidades é o facto de o PERSU 2020 definir, pela primeira vez, metas distintas para os 23 sistemas de gestão de resíduos do país, mediante a densidade populacional e os parâmetros socioeconómicos da região em que estão inseridos. 

Realidade actual

Nos primeiros nove meses do ano, foram encaminhados para reciclagem, ao nível do fluxo urbano (origem doméstica), 273.651 toneladas de resíduos de embalagens, mais seis por cento em relação ao período homólogo do ano passado, segundo dados fornecidos pela entidade gestora.

O plástico (50.309 toneladas recolhidas) e o metal (17.341 toneladas) foram os materiais que tiveram um maior aumento de reciclagem até Setembro, com uma subida de 27 e 25,4 por cento, respetivamente, comparativamente a idêntico período de 2012. Já no caso do vidro, as 132.983 toneladas recicladas nos primeiros nove meses de 2013 contribuiram para um aumento de dois por cento face ao período homólogo do ano passado.

Com uma evolução negativa, a madeira (1.967 toneladas) foi o resíduo menos enviado para reciclagem, tendo registado um decréscimo de 39% face a 2013.

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