18.ª Expo Conferência da Água discute soluções de curto e médio prazo para a escassez de água

18.ª Expo Conferência da Água discute soluções de curto e médio prazo para a escassez de água

Vinte e seis por cento do território nacional encontra-se em seca severa ou extrema, segundo os dados mais recentes do IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, e o problema da escassez de água veio para ficar, assolando já várias regiões do país, desde o Algarve a Trás-os-Montes. Exigem-se, por isso, soluções de curto e médio prazo, que vão da promoção de eficiência ao aumento das disponibilidades de água e, na 18.ª Expo Conferência da Água, que se realiza nos próximos dias 23 e 24 de novembro, vão-se discutir as opções em cima da mesa, acompanhando de perto os grandes desafios que o setor da Água tem pela frente e os temas que, todos os dias, marcam a agenda noticiosa.  

A eficiência deverá ser o primeiro objetivo a perseguir e os planos de eficiência hídrica já apresentados trazem medidas nesse sentido. Entre as mais de 70 medidas inscritas no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, que pretende garantir a redução em 10% dos consumos de água, cerca de 30% das ações previstas visam aumentar a eficiência. A AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve, por seu lado, abriu, em julho, o terceiro aviso, para apoiar projetos que promova a gestão eficiência dos sistemas de abastecimento de água da região. Na 18.ª Expo Conferência da Água, coloca-se a eficiência em primeiro plano, não só para aferir a eficácia das medidas em curso e planeadas, mas também para beber da experiência de outros países que enfrentam desafios semelhantes.  

Para moderar os consumos de água, em vários setores, mas também contribuir para a sustentabilidade dos serviços de água, será ainda fundamental voltar a pôr na agenda a questão dos tarifários. O evento de referência do setor não vira a cara a uma discussão complexa e sensível, e pretende contribuir para apontar soluções que possam dar resposta a um desafio não só económico, mas também ambiental. 

O aumento das disponibilidades de água afigura-se igualmente uma necessidade cada vez mais premente e a prioridade passa pela produção de água para reutilização, bem como pela dessalinização de água do mar. Até 2026, o Governo quer garantir que o consumo de águas residuais tratadas será multiplicado por quatro, passando dos atuais 2,1 hectómetros cúbicos para mais de 8 hectómetros cúbicos, salientou este mês o Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro. Há vários projetos de produção de água para reutilização em curso na região algarvia, nomeadamente para abastecimento de campos de golfe, mas também iniciativas a mexer na Área Metropolitana de Lisboa, que envolvem quer os municípios, quer o setor agrícola. Na reunião anual dos profissionais do setor da Água, avaliam-se os projetos em curso e intenções de investimento, antecipando também uma tendência que a maior exigência de tratamento prevista na nova Diretiva de Águas Residuais Urbanas só vem reforçar.   

Na região mais a sul do país, a dessalinização vai permitir a produção de 16 milhões de metros cúbicos de água doce, cobrindo mais de 20% das necessidades de abastecimento público do Algarve. O estudo de impacto ambiental da futura dessalinizadora do Algarve, que deverá ser construída no concelho de Albufeira, já foi entregue à Agência Portuguesa do Ambiente, que terá agora cinco meses para emitir a Declaração de Impacto Ambiental. O Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, que está em consulta pública até ao final deste mês, também prevê a construção de duas centrais de dessalinização, na zona de Sines e outra em Mira, para abastecimento do setor agrícola, esta última financiada por privados. De resto, a dessalinização é cada vez mais uma opção competitiva e, na próxima edição da Expo Conferência da Água, pretende-se olhar não só para as iniciativas em desenvolvimento, mas também para o potencial existente, quer no setor público, quer privado.      

Estes e outros temas terão na 18ª Expo Conferência da Água um espaço amplo para a discussão, aberta e informada, que contribua para preparar o país para um futuro – que se aproxima a passos largos – em que a água é um bem cada vez mais escasso que tem de ser protegido e valorizado.  

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