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Empresa em destaque: Aquapor atenta ao mercado internacional

O negócio internacional da Aquapor deverá representar cerca de 15 por cento do seu volume de negócios até final de 2011.

José Teixeira, presidente do Conselho de Administração da Aquapor, explica ao AmbienteOnline que com base nas oportunidades identificadas na Argélia e em Angola, a empresa estima que a sua «quota-parte nos consórcios constituídos resulte num volume de negócios de 1,2 milhões de euros para a Luságua».

Construir e explorar estações de tratamento de águas residuais, reutilizar água para rega, produzir energia eléctrica através do biogás e produzir fertilizantes, através da compostagem de lamas, são algumas das áreas a desenvolver.

Na Argélia e em Marrocos, desde 2009 que a empresa se tem apresentado em concursos públicos de concepção/construção/exploração, em associação com projectistas e empreiteiros portugueses e com empresas locais. «O que pretendemos agora é desenvolver parcerias duradouras para nos posicionarmos face a um enorme conjunto de oportunidades que se perspectivam para a Argélia. Neste contexto, estamos a planear uma deslocação, em Junho, para celebrarmos acordos com empresas locais», adianta o responsável.

Na Argélia, uma análise rentabilidade/risco exclui, numa primeira fase, os projectos de concessão, pelo que, refere, a aposta vai recair em contratos de prestação de serviços, assistência técnica e de concepção/construção/exploração.

A empresa está também a concorrer no mercado Angolano. «Já constituímos um consórcio com o ISQ e com a BCG - Boston Consultant Group para prestação de serviços e assessoria à Direcção Nacional das Águas», revela, garantindo a disponibilidade para investir naquele país já em 2010.

Projectos em Portugal avançam

Com vários projectos pensados para fora das fronteiras nacionais, o mercado nacional não está, contudo, esquecido. No ano passado por exemplo, foi celebrado um acordo de parceria com a Associação de Municípios do Carvoeiro-Vouga e com a Águas do Vouga, que visa a implantação de um projecto inovador de exploração do potencial energético hidráulico na rede de abastecimento de água potável.

Segundo José Teixeira, as obras estão «muito adiantadas e espera-se inaugurar brevemente a primeira micro-hidrica instalada numa conduta adutora em Portugal», inteiramente financiada pelo consórcio Luságua/ Shperaa (empresa do grupo ISQ).

A turbina terá uma potência instalada de 85 kW, evitando a emissão de 200 toneladas de CO2 por ano. A empresa possui ainda 831 painéis fotovoltaicos instalados nas empresas Águas da Figueira, Águas de Gondomar, Águas de Alenquer, Águas de Cascais e Águas do Sado. O investimento já efectuado ascende a 903 mil euros, com uma potência instalada de 156 kW. Em 2009, estas empresas injectaram na rede eléctrica nacional cerca de 200 mil kW.

Novos projectos em estudo

E novos projectos poderão surgir em breve, já que a Luságua já concluiu a primeira fase do estudo do potencial para produção de energia nos sistemas de abastecimento concessionados à Aquapor, o qual incidiu sobre 10 sistemas de abastecimento de água. «Foram identificados diversos pontos que, pelas suas características hidráulicas, poderão apresentar condições para instalação de micro turbinas para produção de energia», acrescenta.

Numa segunda fase, actualmente em curso, a análise será centrada sobre cada um pontos identificados, com o objectivo de aprofundar o conhecimento sobre as características hidráulicas e regimes de escoamento, definição de tecnologias e avaliação de rentabilidade dos respectivos projectos de investimento.