António Costa quer Portugal como exportador de energia verde
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António Costa quer Portugal como exportador de energia verde

Depois de, na segunda-feira, anunciar a ambição de antecipar a neutralidade carbónica em cinco anos, de 2050 para 2045, hipótese cuja viabilidade vai ser estudada, o Primeiro-ministro português, António Costa, afirmou que Portugal continua a “apostar nas renováveis e temos a capacidade e a ambição de passar de importadores de energia fóssil a exportadores de energia verde”. O Primeiro.ministro falava durante a conferência do clima das Nações Unidas (COP27), em Sharm-el-Sheik, Egito.

 

António Costa sublinhou que as energias renováveis “representam já cerca de 60% da eletricidade consumida” em Portugal, sendo a meta “atingir os 80% até 2026”, acrescentando que “estamos também convictos de que o hidrogénio verde e outros gases renováveis são energias para o futuro. E alcançámos há poucos dias um acordo com a França e a Espanha para a criação de um corredor verde para servir o Centro da Europa”.

 

O Primeiro-Ministro reafirmou ainda que “Portugal não perde de vista os seus compromissos” na redução das emissões. “As nossas metas são ambiciosas, mas temos conseguido cumpri-las e até antecipá-las”, fazendo alusão à entrada em vigor da nova Lei de Bases do Clima, que foi aprovada na anterior legislatura.

 

Portugal organiza conferência interncional sobre incêndios

O líder do executivo anunciou também que Portugal vai organizar a Conferencia Internacional sobre Incêndios Florestais e mais um fórum de investimento em economia azul sustentável em 2023.

Os incêndios rurais são “uma realidade nem sempre abordada neste fórum [conferência sobre o clima], mas da maior importância para a redução de emissões e para a capacidade de a floresta desempenhar o seu papel de sequestro de carbono”.

 

Estima-se que 6% das emissões mundiais de CO2 resultem de incêndios provocados por causas humanas e em anos mais extremos este valor pode chegar a representar 20%, referiu.

 

“Melhorias significativas nas políticas e nos processos de prevenção e extinção de incêndios são, assim, um importante contributo para a redução de emissões e a defesa das florestas. É nesse quadro que, em 2023, organizaremos, em Portugal, a 8.ª Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais”, com o objetivo de “construir um referencial do risco de incêndio e o modelo de governança” do combate a estes fogos.

 

António Costa disse ainda que “a gestão sustentável dos oceanos é também central para a nossa resiliência às alterações climáticas. Destaco, neste âmbito, o Fórum de Investimento em Economia Azul Sustentável, no qual foram assumidos compromissos no valor de 10 mil milhões de euros. Dado o sucesso desta iniciativa, iremos realizar em 2023 a segunda edição deste fórum”.

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