Lixo acumulado em Vila Verde gera críticas e queixas por falhas na recolha

A recolha de lixo em Vila Verde tem sido alvo de críticas por parte da população e de partidos da oposição, devido a contentores cheios e sacos acumulados em vários pontos do concelho. Segundo noticia o Jornal de Notícias (JN), os problemas surgiram com a entrada em funcionamento de uma nova empresa concessionária, a Luságua, que assumiu o serviço no início de julho.

A Câmara Municipal, liderada por Júlia Fernandes (PSD), admite “algumas falhas” associadas à fase de transição e garante que estão a ser resolvidas, cita o JN. “A empresa está a reforçar com mais equipas para resolver falhas que ocorram nos circuitos normais de recolha”, indicou fonte oficial ao JN, acrescentando que a situação está a ser “monitorizada de forma permanente”.

As críticas mais duras vieram do PS e da Iniciativa Liberal. Os socialistas consideram que a mudança de concessionária foi feita “sem planeamento, sem organização, sem estratégia”, acusando o executivo de atuar com “amadorismo e desleixo”. “Se houve incumprimento do contrato, cabe à Câmara aplicar penalizações. Se não houve, deve assumir responsabilidades e apontar soluções”, declarou o partido.

A Iniciativa Liberal também responsabiliza o município, falando em “falhas graves no planeamento e execução do contrato” e numa “total falta de responsabilidade e transparência”. O partido já apresentou queixas junto das autoridades de saúde e ambientais, alertando para o “risco para a saúde pública” agravado pela atual onda de calor.

A nova empresa, Luságua – Resíduos Smart +, já tinha avisado que poderiam ocorrer constrangimentos nas primeiras semanas de julho, durante o processo de adaptação. O contrato, estabelecido por 8,1 milhões de euros, tem a duração de dez anos e resulta de um concurso público internacional. O serviço cobre uma área de 228,67 quilómetros quadrados e serve mais de 46 mil habitantes.