Mau cheiro do aterro de Barcelos resolvido até ao fim do ano, estima CCDR-Norte
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Mau cheiro do aterro de Barcelos resolvido até ao fim do ano, estima CCDR-Norte

A vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Célia Ramos, estimou esta sexta-feira que o problema dos odores causados pelo aterro da Resulima, em Barcelos, fique resolvido "até ao fim do ano". Célia Ramos falava aos jornalistas, após reunião com vários autarcas das freguesias e concelhos afetados, como Póvoa de Varzim e Barcelos.

Segundo a responsável regional, "até ao fim do ano a questão fica resolvida da melhor maneira", mas "até lá, há formas de minimizar" o problema dos maus cheiros no aterro de Paradela, Barcelos.

"Todos os dias estaremos atentos para que isso aconteça", sendo também nesse campo "que entra a fiscalização, de uma forma implacável, por parte da Comissão de Coordenação", disse Célia Ramos.

Esta sexta-feira, cerca de 35 pessoas manifestaram-se à porta da sede da CCDR, no Porto, protestando contra os odores do aterro e entoando palavras de ordem como "A 'Resulixo' fede!", "Queremos ar limpo!", "Queremos ar puro!" ou "Queremos respirar!".

Em causa está o aterro de Vale do Lima e Baixo Cávado, e que funciona desde o início de 2022 em Paradela, Barcelos e que tem sido contestado pelas populações vizinhas, designadamente da freguesia de Laúndos, na Póvoa de Varzim, por causa dos maus cheiros.

Foram também, esta sexta-feira, recebidos pela CCDR-Norte, autarcas das freguesias de Laúndos, Rates, Estela, Navais e Aguçadoura (Póvoa de Varzim) e de Cristelo e Barqueiros (Barcelos), tendo também estado presente a vereadora do Ambiente da Póvoa, Sílvia Costa.

A vereadora considerou que a reunião "merece uma reação positiva" por parte das autarquias contestatárias, cujas preocupações "foram acolhidas" pela comissão regional.

"Tivemos a garantia, por parte da CCDR-N, de uma fiscalização implacável daquilo que será a exploração da unidade", disse aos jornalistas.

Questionada sobre se considera compreensível o prazo apontado para resolver o problema, Sílvia Costa disse que é "compreensível face àquilo que é a complexidade para o desenvolvimento dos projetos", mas "o que está mal é o projeto de raiz".

"Nós gostaríamos que a resolução fosse, efetivamente, mais rápida. Percebemos que há um processo administrativo a par e que pode demorar algum tempo", referiu.

Para Sílvia Costa, "há procedimentos diários naquela unidade que têm de ser revistos, e que têm de ser fiscalizados, porque uma coisa é uma fiscalização com data e hora marcada, outra coisa é o dia-a-dia daquela exploração"

Pela CCDR-N, Célia Ramos explicou que, por parte da Resulima, "há um primeiro momento em que vai ser apresentado um estudo, há um segundo momento em que vão ser apresentadas as medidas" que a comissão apreciará e "depois haverá a fase da sua execução".

Segundo a vice-presidente, "durante o mês de abril", a CCDR-N terá acesso aos estudos e depois haverá uma fase de três meses de apresentação dos projetos, para uma posterior execução.

"Desta reunião sai também uma postura muito firme de que o que se quer não é encerrar aquela estação de tratamento de resíduos. Mau seria se recuássemos ao tempo das lixeiras", garantiu ainda Célia Ramos.

Lembre-se que em janeiro deste ano, depois de uma segunda vistoria,a CCDR-N anunciou que estavam "reunidas as condições” para a emissão das licenças de exploração que ainda faltavam para aquela estrutura.

A Junta de Laúndos já recorreu às instâncias da União Europeia para denunciar que os fundos utilizados pela Resulima “prejudicam gravemente a qualidade de vida” das populações vizinhas.

Por sua vez, a Câmara da Póvoa de Varzim anunciou a interposição de uma ação judicial contra o Estado, por considerar que não existiu fiscalização suficiente ao aterro.

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