
Novo secretário de Estado do Ambiente vendeu empresa a lóbi do lixo
Segundo avançou o jornal Nascer do Sol, o novo secretário de estado do Ambiente, Hugo Pires, vendeu em 2021 a sua empresa CRIAT – Arquitetura e Reabilitação Urbana, a um lóbi do lixo, uma empresa agrícola detida por duas irmãs, sócias do grupo Semural, Waste & Energy SA, cuja atividade principal é o tratamento de lixo e resíduos, nomeadamente a importação de lixo radioativo.
O grupo esteve envolvido polémicos aterros sanitários, como o aterro de Valongo, há muito contestado pela respetiva população.
Em resposta ao Nascer do Sol, o Ministério do Ambiente e Ação Climática (MAAC) garante que não se verifica “qualquer impedimento" para exercer funções.
De acordo com o ministério do Ambiente, a empresa de Hugo Pires pertencia à área da “arquitetura e construção” e não do ambiente, além de ter sido vendida a 19 de maio de 2021, “altura em que, naturalmente, não previa ser convidado para o cargo de Secretário de Estado do Ambiente, em 2023”. Assim, continua o MAAC, Hugo Pires “não tem qualquer participação social em alguma empresa” nem “qualquer inibição ou impedimento, de qualquer tipo, no exercício das funções que lhe foram confiadas”.
Hugo Pires tomou posse como secretário de Estado do Ambiente na passada quarta-feira.