18.º Fórum Resíduos: as expetativas de João Pedro Rodrigues
Com metas de reciclagem exigentes e um novo ciclo de investimentos a arrancar, o setor dos Resíduos tem pela frente um ano desafiante. E a melhor forma de o preparar é marcar presença naquela que é a grande reunião anual do setor: o 18.º Fórum Resíduos regressa ao Centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa, nos próximos dias 2 e 3 de dezembro e promete ser, mais uma vez, a bússola do setor para os tempos que se avizinham.
A abrir os trabalhos, estará o Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, que irá apresentar as grandes orientações da tutela para o setor dos Resíduos e antecipar as ações e medidas que o Executivo perspetiva para o horizonte próximo com impacto nesta área.
Mas os temas em foco em mais uma edição do Fórum Resíduos são muitos e variados, refletindo a diversidade e vitalidade de uma atividade essencial para o país: ao todo, serão 14 painéis a escalpelizar os principais assuntos da atualidade do setor. Para o editor especialista de Resíduos do jornal Água&Ambiente, João Pedro Rodrigues, há um tema incontornável, que é “um dos principais desafios da política de gestão de resíduos em Portugal”: a definição de uma estratégia que “vise combater o inexorável esgotamento” dos aterros sanitários, “a que se está a assistir de norte a sul do país”, que “poderá pôr em risco o princípio da autossuficiência da capacidade de tratamento”. “Evitar o esgotamento dos aterros” é justamente o mote do painel que encerra o primeiro dia do 18.º Fórum Resíduos, em que se irão analisar, por exemplo, onde estão as maiores carências, quais os investimentos necessários, bem como as oportunidades de articulação com o setor não urbano.
Findo o período de planeamento estratégico, haverá agora também que olhar com “mais detalhe” para “os planos de ação que todas as entidades gestoras, em alta e em baixa, terão de definir” para cumprir as metas traçadas no PERSU 2030, salienta ainda João Pedro Rodrigues, bem como para as oportunidades de financiamento que existem, dado que, só na alta, se perspetivam investimentos que “poderão ascender a mais de 2000 milhões de euros”.
Para o editor especialista do Água&Ambiente, “outro tema muito desafiante” nesta frente envolve a definição de medidas que permitam “reduzir a pressão tarifária” sobre os municípios, dado, por um lado, o impacto nas tarifas do investimento em soluções tecnológicas cada vez mais sofisticadas e, por outro, a redução das receitas associadas à energia. Estes assuntos estarão em foco, na manhã do primeiro dia do evento, no painel “PAPERSU: Investimentos de norte a sul”, em que serão apresentadas as grandes tendências no tratamento em alta e na recolha e em baixa, bem como nos dois painéis centrados na forma de “Financiar a mudança”: o primeiro dedicado ao impacto nas tarifas e o segundo aos apoios ao investimento disponíveis para este setor.
Numa altura em que as licenças do SIGRE já estão publicadas, o editor especialista do Água&Ambiente quer também “perceber como as mesmas serão implementadas”, assim como saber mais sobre a implantação efetiva no terreno do Sistema de Depósito e Reembolso, “que será, porventura, um dos sistemas mais inovadores que este setor conheceu na última década”. Os desafios das novas licenças de fluxos específicos serão escrutinados na manhã do segundo dia do evento, com painéis dedicados a analisar “O novo mundo das embalagens” e o que está a ser feito para “Concretizar o Sistema de Depósito e Reembolso”.
“Todos estes temas vão estar em discussão no próximo Fórum Resíduos”, convida João Pedro Rodrigues, “e será certamente uma oportunidade excelente para nos voltarmos a reencontrar, para refletir e debater sobre estes assuntos”.
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