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EDP inaugura Venda Nova II
Mais 220 Gigawatts/hora por ano vão ser injectados na rede eléctrica pelo empreendimento Venda Nova II, ontem inaugurado pela EDP em Vieira do Minho. Com uma potência instalada de 200 megawatts e um investimento de 160 milhões de euros, a obra veio reforçar a central hidroeléctrica de Frades, na margem esquerda do rio Rabagão.
Manuel Pinho, ministro da Economia e Inovação, e o presidente da EDP, António Mexia, reforçaram mais uma vez que a energia hídrica é «uma aposta estratégica», para o País e para a empresa. A EDP pretende investir 2,5 mil milhões de euros «a curto e médio prazo, dos quais cerca de mil milhões até 2010», adiantou António Mexia na inauguração da central.
Além do reforço hidroeléctrico de Alqueva, estão previstos os das centrais de Bemposta e Picote, este último «já em condições de ser adjudicado», afirmou o presidente da EDP. Quanto a novas barragens, está prevista a construção do Baixo Sabor e de Foz Tua. Os reforços de potência deverão corresponder a 694 MW e os novos projectos a mais 774 MW de potência instalada.
Quanto ao Plano Estratégico de Barragens anunciado pelo Ministério da Economia no final de Janeiro, António Mexia sublinha que «a potência a atribuir terá de ir a concurso público», pelo que ainda não se sabe quais as empresas que avançarão com novos projectos hídricos. O objectivo do Governo é atingir os 7 mil MW, 70 por cento do potencial hídrico do País, contra os actuais 48 por cento (4,4 mil MW) que hoje são aproveitados.
A preocupação de preservar a paisagem do Rabagão foi uma das prioridades da obra agora inaugurada. O empreendimento é quase totalmente subterrâneo e tira partido do desnível de 420 metros entre as albufeiras de Salamonde e Venda Nova para gerar energia. A central poderá ser totalmente comandada à distância a partir do centro de comando da Régua.
A inauguração de Venda Nova II contou ainda com a presença do secretário de Estado da Inovação, Castro Guerra, e do presidente da Câmara de Vieira do Minho, Albino Carneiro.