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Resíduos do Estoril-Sol estão a ser reaproveitados
A Edifer e a Somague, empresas que estão a proceder à demolição do antigo Hotel Estoril-Sol, estão a reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterro, mediante a separação dos mesmos. «Através deste processo, há muitos resíduos que podem ser usados noutros fins. É preciso encará-los como uma matéria-prima que pode gerar dinheiro», sublinhou Sebastião Gaiolas, do departamento de qualidade e segurança da Edifer.
Durante o seminário «Sustentabilidade nas Empresas de construção», que decorreu ontem em Lisboa, o responsável explicou que no local da empreitada existe uma britadeira que reduz a granulometria do betão e das alvenarias, maximizando a capacidade de transporte dos resíduos. Ainda a título de exemplo, a madeira está a ser aproveitada para a produção de aglomerados de madeira. Estas são algumas das medidas que estão ao alcance das empresas de construção, lembrou Sebastião Gaiolas.
Se no caso desta obra o destino a dar aos resíduos não é problemático, noutros casos a ausência de legislação pode condicionar as boas práticas. O responsável alertou que existe, nomeadamente, um vazio legal que enquadre as actividades de construção. É o caso da falta de legislação para resíduos de construção e demolição (RCD).
Em Portugal, estima-se
que sejam gerados 4,4 milhões de toneladas de RCD. Segundo a
Quercus, «cerca de 95 por cento são conduzidos para a
deposição em aterros ou encaminhados através de
empresas não licenciadas que oferecem preços
convidativos, conduzindo a situações de manuseamento
incorrecto e deposição ilegal».