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ambiente
Construção sustentável é nicho de mercado a explorar
A
sustentabilidade na construção é «uma
oportunidade de negócio que aposta na diferenciação
do produto final, o edifício, sendo cada vez mais reconhecida
pelo consumidor» e criando, por isso, um nicho por explorar no
sector da construção, defende Isabel Santos,
presidente-executiva da Ecochoice.
Durante a conferência «Sustentabilidade: Oportunidades Estratégicas para o Sector da Promoção Imobiliária e da Construção», que decorreu esta semana, Rita Almeida Dias, consultora da Sustentare, defendeu que a implantação da sustentabilidade na construção permitirá «a valorização do activo imobiliário, a criação de emprego directo e indirecto e um menor consumo de recursos naturais».
De acordo com um inquérito divulgado durante a iniciativa, 90 por cento dos promotores inquiridos considera que o preço de um edifício sustentável é superior a um edifício convencional, um número que desce para os 70 por cento no caso dos construtores. Por outro lado, 60 por cento das promotoras consideram que as autarquias são sensíveis à dimensão ambiental de um edifício, enquanto que para 90 por cento dos construtores os municípios são indiferentes aos aspectos ambientais dos edifícios.
O
desempenho energético e o conforto térmico e acústico
são as dimensões mais valorizadas pelas promotoras
imobiliárias quando consideram os diferentes aspectos
ambientais da construção sustentável. A
utilização de materiais reciclados e renováveis
é o aspecto menos valorizado pelas mesmas. O mesmo inquérito
indica que 80 por cento dos construtores diz que utiliza materiais
reciclados nos projectos de construção que desenvolve.
Estes são alguns dos dados extraídos de um inquérito
telefónico a dez das maiores construtoras e promotoras
registadas na AEP (Associação Empresarial Portuguesa).