
ambiente
Novos contadores podem render 1,4 mil milhões
A
substituição dos actuais contadores eléctricos
por novos sistemas digitais com telecontagem deverá custar,
aos 5,7 milhões de consumidores domésticos abrangidos,
entre 570 milhões a 1,4 mil milhões de euros, apurou o
jornal Água&Ambiente. O montante resulta do total
de clientes de baixa tensão com potência contratada até
41,4 kVA, obrigados à substituição dos
contadores de acordo com o Plano de Compatibilização
Regulatória acordado entre Portugal e Espanha no âmbito
do Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel), e do custo do
novo equipamento «Energy Box» (EB), que irá
substituir os tradicionais contadores de energia.
Alberto
Barbosa, administrador da Efacec, estima que cada EB venha a custar
entre 100 e 250 euros, dependendo das funções que cada
sistema incorporar. A empresa de automação e gestão
de redes de energia, integra o consórcio do projecto InovGrid,
que está encarregada de desenvolver a tecnologia e proceder à
substituição dos contadores. A EDP Inovação,
o Inesc (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores) do
Porto, a Janz e a Edinfor são os outros parceiros tecnológicos
seleccionados para estabelecer «uma nova forma de gestão
e controlo da rede, em linha com o conceito de Smart Grids [Redes
Inteligentes]», explica a EDP.
A
EB, equipamento pioneiro a nível
mundial, não se poderá chamar um
telecontador, explica Alberto Barbosa, já que «a
telecontagem é apenas uma das suas funcionalidades». O
outro elemento arquitectónico do sistema chama-se Distribution
Transformer Controller. Trata-se de sensores que permitem o controlo
local da rede. Alterar a potência contratada, mudar de tarifa
eléctrica, integrar a microgeração e outras
funcionalidades avançadas de telegestão de energia são
operações que se poderão fazer através
desta tecnologia, que vai começar a ser implementada, já
em 2008, em Portugal.