Mercado do ambiente aguarda «presentes» do Ministério do Ambiente
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Mercado do ambiente aguarda «presentes» do Ministério do Ambiente

O portal AmbienteOnline foi ouvir algumas figuras do mercado do ambiente, no sentido de perceber que presente gostariam de ter recebido do Ministério do Ambiente, neste Natal. Face aos desafios que o País tem pela frente em diversas áreas «aproveitar o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) na vertente ambiental, com realismo e bom-senso, não esquecendo a competitividade das empresas», é o presente de Natal que Luís Mira Amaral, ex-ministro da Indústria e Energia, gostaria de ter recebido do Ministério do Ambiente.

Até 2013 o País irá usufruir de 21 500 milhões de euros de fundos comunitários, complementados por uma componente nacional de 23 200 milhões. Cerca de 44 por cento dessas verbas estão inscritas no Programa Operacional Temático de Valorização do Território. É neste programa que se enquadra o financiamento comunitário dos ambiciosos programas de investimentos aprovados para os sectores da água e águas residuais e dos resíduos.

Já António Sá da Costa, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis, expressa outro desejo: «Os Planos Directores Municipais deverão ser alterados de forma fácil e expedita para acomodar os projectos de energias renováveis». De acordo com o especialista, «como não serão autorizados projectos de renováveis sem avaliação de impacte ambiental e como os projectos são posteriores aos PDM, se estes chumbarem todos os projectos não cumpriremos as metas definidas pelo Governo em matéria de renováveis».

Em matéria de licenciamento, Ângelo Correia refere que neste Natal gostaria de ter recebido «uma política mais transparente e justa no que respeita às regras de funcionamento dos técnicos do Ministério do Ambiente». Para o presidente da Fomentinvest o ministério «tem sido um dos bloqueamentos ao desenvolvimento do País, sem que isso se traduza num melhor ambiente».

Para Joanaz de Melo, professor da Universidade Nova de Lisboa, as prioridades vão para a água e energia. «Gostaria que se pusesse em prática as tão anunciadas políticas energética e da água. Também gostaria que, no futuro, o ambiente para os nossos filhos e netos fosse pelo menos tão bom como hoje o conhecemos». Sacos de plástico reutilizáveis e gratuitos é o presente escolhido por Joaquim Poças Martins, ex-secretário de Estado do Ambiente, e presidente da Águas do Porto.

Menos receptivo a prendas está Miguel Portas, deputado do Bloco de Esquerda. «Não tenho particular vontade de receber presentes do Ministério do Ambiente, mas, pelo menos, gostaria que travassem o que hoje estão a fazer na cimenteira da Secil, no Outão», diz, referindo-se ao processo de co-incineração de resíduos perigosos.


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