
Secil já co-incinerou 50 toneladas de lamas
O dia de hoje marcou o reinício da co-incineração na cimenteira do Outão. «Já foram queimadas 50 toneladas de lamas de fundo de tanque de refinarias», avançou José Manuel Palma, em declarações ao AmbienteOnline. «Estes resíduos industriais perigosos [RIP] estavam a ser co-incinerados em Espanha», acrescentou o coordenador do novo estudo de impacte ambiental (EIA) da Secil sobre co-incineração de RIP, elaborado em parceria com sete empresas, nacionais e internacionais.
A capacidade de co-incineração da cimenteira é de 56 mil toneladas de RIP por ano, traduzindo-se a queima destes materiais numa poupança energética que pode ir até aos 40 por cento. Esta actividade vai render à cimenteira entre três a quatro milhões de euros anuais. «Só gostaria que me citasse um exemplo de um promotor que entre num negócio sem a garantia de que vai lucrar com isso», continuou o consultor da Secil para as questões ambientais, defendendo-se das críticas que têm vindo a lume e que referem que a empresa estaria a lucrar com um negócio que é prejudicial ao ambiente.
Para José Manuel Palma outra polémica «sem fundamento» tem a ver com o facto de a população pensar que a co-incineração tem efeitos nefastos para o ambiente e para a saúde humana. Contudo, «o nosso EIA, que foi elaborado por entidades independentes, comprova exactamente o contrário», garante o especialista, que salienta que «um resíduo só é perigoso antes de ter um tratamento adequado».