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ambiente
40 empresas “abraçam” Business&Biodiversity
O
pontapé de saída da iniciativa Business &
Biodiversity em Portugal foi dado pelo Banco Espírito Santo,
que se tornou na primeira empresa portuguesa a assinar a Declaração
de Compromisso pela Biodiversidade, em Maio de 2007. Desde então,
outras entidades seguiram as suas pisadas e a iniciativa conta
já com 40 empresas aderentes.
A
Associação de Desenvolvimento do Alto Tâmega
(ADRAT) é o mais recente parceiro da iniciativa da
União Europeia, que visa o incremento do relacionamento entre
as empresas e a biodiversidade, permitindo que se dê um
contributo significativo para a protecção da
biodiversidade e para a prossecução da meta de 2010, de
parar a perda de biodiversidade a nível local, nacional,
regional e global.
A associação
pretende, a título de exemplo, executar e promover estudos que
contribuam significativamente para o aumento do conhecimento da
biodiversidade; compilar informação sobre a flora e
fauna regional; distribuir anualmente plantas de espécies
florestais autóctones e de variedades regionais, por entidades
associativas e cooperativas do sector agrário; ou apoiar
empresas e empresários em nome individual, que pretendam
iniciar ou aprofundar uma actividade que potencie o estudo e a
conservação dos recursos naturais regionais.
Desta forma, a ADRAT
junta-se a
empresas como a Secil, Corticeira Amorim, EDP, Altri, Brisa, EPAL,
Herdade do Freixo do Meio, CTT, Redes Enegéticas Nacionais,
Finagra – Herdade do Esporão, Galp Energia, Rede Ferroviária
Nacional, Somincor ou Sonae Turismo.
Mais
adesões até ao final do ano
De
acordo com o presidente do Instituto de Conservação da
Natureza e Biodiversidade (ICNB), Tito Rosa, «existem contactos
com mais duas empresas e está a preparar-se um programa de
contactos para, até final do ano, se poder atingir novas e
significativas adesões».
Para
Henrique Pereira, coordenador do Millenium
Ecosystem Assessment, as empresas devem cumprir o que está já
contemplado legalmente em termos de protecção da
biodiversidade, quer através da legislação de
avaliação de impactes, quer da Rede Natura, quer da
restante legislação ambiental. Por outro lado, «podem
e devem ir mais além, através da incorporação
de preocupações com a biodiversidade nas actividades de
gestão da empresa, através da adopção de
boas práticas, como é preconizado na iniciativa
Business&Biodiversity».
Countdown
2010 com 23 entidades
A
comprovar que são cada vez mais as empresas portuguesas que
integram o conceito de biodiversidade na sua estratégia de
negócio, um ano e meio antes do Business&Biodiversity,
arrancou em Portugal a Countdown 2010, que acabaria por ser um pouco
«abafada» pela sua sucessora, considera Nuno Oliveira,
director da Ambiodiv. Esta foi a primeira entidade privada em
Portugal, e a terceira na Europa, a aderir à iniciativa.
Neste
momento, são 23 os parceiros portugueses da rede europeia,
como a Novadelta,
o Parque
Biológico de Gaia, a Quercus, as autarquias de Cascais e Nisa,
a Cocinfar,
a Agência Cascais Natura,
o ICNB, a Liga para a Protecção da Natureza
ou a Quinta
do Valle do Riacho. «Quem
abraçou esta filosofia de vida e de negócio não
a vai abandonar com o bater da meia-noite de 31 de Dezembro de 2009»,
acredita Nuno Oliveira.