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ambiente
Offshore marcará crescimento português na eólica depois de 2015
Portugal
terá de investir nos parques eólicos offshore de
modo a fazer face ao decréscimo de instalação de
energia eólica que se começará a verificar em
2015. Quem o diz é Ana Estanqueiro, directora da unidade de
energia eólica e dos oceanos do Instituto de Engenharia,
Tecnologia e Inovação, que participou no seminário
sobre energia eólica offshore, promovido pela Embaixada
Britânica, e que decorreu esta manhã no Centro Cultural
de Belém.
Segundo
a investigadora, numa primeira fase será possível
instalar cerca de 3500 MW de potência eólica offshore
com tecnologia convencional. A costa norte de Portugal,
principalmente Viana do Castelo e Porto, tem a 40 metros de
profundidade um potencial de 500 MW. Já no centro, entre
Peniche e Cascais, esse potencial pode chegar aos 700 MW, sendo que a
zona da Figueira da Foz pode representar 100 MW, e a zona de Lisboa
poderá disponibilizar 1000 MW. Numa segunda fase, a
especialista refere que será necessário recorrer a
tecnologia flutuante para o deep offshore,
a instalar a pelo menos 40 metros de profundidade.
O
evento reuniu várias empresas e associações da
Grã-Bretanha que se dedicam à energia eólica
offshore, tanto ao nível do projecto, como da
construção, manutenção, investimento e
investigação. Os oradores salientaram as oportunidades
que se abrem às empresas portuguesas que queiram ser parceiros
ou investidores nesta área na Grã-Bretanha, uma vez que
foi lançada uma terceira fase de disponibilização
de locais pelo governo britânico, com vista à instalação
de parques eólicos deep offshore.
De
acordo com alguns dos oradores, o Reino Unido beneficia da
experiência obtida com as plataformas de petróleo e gás
natural, e a Escócia tem mesmo 25 por cento do potencial
europeu de energia eólica offshore. Até 2020 a
expectativa é chegar à instalação de 25
GW de energia eólica offshore.