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Valnor inaugura amanhã central de valorização orgânica

Depois de ter iniciado em Outubro a fase de testes para ajustamento e ensaio de equipamentos e treino dos operadores, a Valnor inaugura amanhã a primeira central de valorização orgânica (CVO) do Alentejo, localizada junto ao aterro sanitário da empresa, numa área que abrange os concelhos de Avis e Fronteira.

Com esta infra-estrutura, a empresa participada da EGF vai transformar, através de um processo mecânico e biológico, resíduos biodegradáveis (tais como restos de comida, relvas e cortes de árvores) em adubos orgânicos, isentos de químicos, que podem ser utilizados na agricultura biológica ou em espaços verdes.

A unidade tem capacidade de tratamento mecânico para 75 mil a 100 mil toneladas anuais, o que significa que «100 por cento dos resíduos produzidos na área da Valnor poderão ser tratados por este processo», salienta António Pinto Rodrigues, administrador-delegado da Valnor, em declarações ao AmbienteOnline.

Representando um investimento de cerca de 16 milhões de euros e uma comparticipação de 40 por cento de fundos da União Europeia, a central assume-se como uma infra-estrutura essencial para o cumprimento das metas europeias no que respeita ao desvio de resíduos urbanos biodegradáveis da deposição em aterro, estimando-se que a unidade capte cerca de 60 por cento dos resíduos orgânicos que, actualmente, são depositados em aterro.

Dos resíduos que serão recebidos, 30 por cento correspondem a matéria orgânica. Com base nessa capacidade, «esperamos produzir 7000 toneladas de composto», adianta Pinto Rodrigues. Neste momento, já existem contactos com os agricultores da região para escoar este produto. «Queremos certificar o composto para colocá-lo no mercado», frisa.

Numa primeira fase do projecto, vão laborar nesta central 35 operadores, mas, numa segunda fase, poderão ser criados entre 15 e 20 novos postos de trabalho.

A Valnor é responsável pelo sistema multimunicipal de recolha, triagem, valorização e tratamento de resíduos sólidos nos 15 municípios do distrito de Portalegre, assim como nos de Mação, Sardoal e Abrantes (Santarém) e Vila de Rei (Castelo Branco), servindo cerca de 175 mil habitantes.