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3º Fórum Nacional de Resíduos: Susete Martins Dias defende unidades centralizadas para CDR
«É necessário que o CDR [combustível derivado de resíduos] seja desclassificado como resíduo», advogou Susete Martins Dias, professora do Instituto Superior Técnico, no 3º Fórum Nacional de Resíduos 2009, que decorre hoje e amanhã no Hotel Tivoli Oriente, em Lisboa. De acordo com a especialista, isso pode ser conseguido caso se consiga produzir um produto certificado e demonstrar que existe mercado para o mesmo.
Ainda segundo a professora, há constrangimentos e desafios tecnológicos que têm de ser ultrapassados nesta área, uma vez que algumas incineradoras perderiam capacidade de massa. A solução poderá passar pela criação de incineradoras dedicadas ou por misturar resíduos sólidos urbanos com CDR.
Em Portugal, a produção de energia a partir de CDR passaria, de acordo com Susete Martins Dias, por criar unidades centralizadas. Mas, ressalva a especialista, para se criar um mercado será necessário partir para a certificação, de modo a que «o CDR possa circular livremente na Europa. Penso que só quando houver outra crise do petróleo se começará a produzir [em massa] CDR na Europa», conclui.
Durante a mesma sessão, Júlio Abelho, da Secil, afirmou que na cimenteira do Outão já são utilizadas 25 mil toneladas de CDR, apesar da sua capacidade ser muito superior: 68 mil toneladas na unidade de Maceira, 130 mil toneladas na unidade do Outão e 68 mil toneladas na unidade de Pataias. Dentro de 2 a 3 anos essa capacidade aumentará substancialmente: 100, 185 e 50 mil toneladas, respectivamente. «Estamos preparados, mas não há CDR no mercado», criticou o responsável.
Ainda segundo a professora, há constrangimentos e desafios tecnológicos que têm de ser ultrapassados nesta área, uma vez que algumas incineradoras perderiam capacidade de massa. A solução poderá passar pela criação de incineradoras dedicadas ou por misturar resíduos sólidos urbanos com CDR.
Em Portugal, a produção de energia a partir de CDR passaria, de acordo com Susete Martins Dias, por criar unidades centralizadas. Mas, ressalva a especialista, para se criar um mercado será necessário partir para a certificação, de modo a que «o CDR possa circular livremente na Europa. Penso que só quando houver outra crise do petróleo se começará a produzir [em massa] CDR na Europa», conclui.
Durante a mesma sessão, Júlio Abelho, da Secil, afirmou que na cimenteira do Outão já são utilizadas 25 mil toneladas de CDR, apesar da sua capacidade ser muito superior: 68 mil toneladas na unidade de Maceira, 130 mil toneladas na unidade do Outão e 68 mil toneladas na unidade de Pataias. Dentro de 2 a 3 anos essa capacidade aumentará substancialmente: 100, 185 e 50 mil toneladas, respectivamente. «Estamos preparados, mas não há CDR no mercado», criticou o responsável.