Opositores aos transgénicos pedem moratória europeia para travar cultivo de OGM
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Opositores aos transgénicos pedem moratória europeia para travar cultivo de OGM

Com o objectivo de suspender o cultivo de novas variedades de organismos geneticamente modificados (OGM), cerca de 300 representantes governamentais, cientistas, agricultores, consumidores e ambientalistas estiveram presentes na conferência “Food and Democracy”, das Regiões Livres de Transgénicos, que decorreu este fim-de-semana em Lucerna (Suíça), onde pediram a adopção de uma moratória europeia. A Quercus, Gaia e Plataforma Transgénicos Fora estiveram lá representados.

Em comunicado, a plataforma lamenta a violação dos direitos dos cidadãos no que diz respeito à «escolha na produção e consumo de alimentos» e, por isso, assinou a Declaração de Lucerna que exige a moratória relativamente às novas variedades de transgénicos.

«A produção com transgénicos ocorre à revelia da opinião da maioria da população europeia», diz a mesma fonte. Segundo a ex-ministra alemã da Agricultura, Renata Kunast, citada pela plataforma, a população europeia «tem cada vez menos direito à escolha».

Segundo a plataforma, «esse direito de optar desapareceu devido ao controlo das sementes através de patentes, à ausência de rotulagem em produtos animais, à contaminação irreversível e generalizada da cadeia alimentar e à falta de aplicação do princípio da subsidiariedade no que toca à auto-declaração de mais de cinco mil autarquias como livres de transgénicos».

Actualmente, existem cerca de 190 regiões na Europa onde o cultivo de transgénicos ainda não é uma realidade. De acordo com a Plataforma Transgénicos Fora, duas dessas regiões ficam em Portugal. Os activistas criticam ainda o facto de ainda não terem o direito, estabelecido por lei, «de conhecer as localizações dos terrenos onde se cultiva o milho transgénico MON810».
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