Eco-camping Zmar promete «surpresas» aos amantes do turismo sustentável
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Eco-camping Zmar promete «surpresas» aos amantes do turismo sustentável

A pacata vila da Zambujeira do Mar, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano, ficou conhecida há pouco mais de uma década por acolher anualmente milhares de pessoas no já famoso Festival do Sudoeste, que em Agosto transforma o local na “Meca” dos amantes dos concertos ao ar livre.

Mas a partir de 1 de Julho, data prevista para a inauguração do eco-camping Zmar, que, segundo os promotores conta já com 25 mil reservas, os apreciadores da paisagem alentejana terão mais um motivo para rumar nas férias àquela localidade alentejana.

O Zmar Eco-Camping Resort é o primeiro parque de campismo ecológico em Portugal e surgiu para preencher as lacunas que ainda existiam ao nível do turismo sustentável e ecológico que ainda existia no País, aliando a inovação às necessidades ecológicas, explica Francisco de Mello Breyner, da empresa Multiparques A Céu Aberto, responsável pelo parque de campismo de cinco estrelas, ao AmbienteOnline. A empresa investiu cerca de 25 milhões no projecto, que ocupa 81 hectares, e garante que o público vai «surpreender-se» com o resultado.

Construção a pensar no ambiente

Mas afinal, o que distingue este parque dos restantes? Antes de mais, as preocupações ecológicas na construção das infra-estruturas: para além da madeira utilizada na construção, o mobiliário exterior é feito em plástico reciclado; os edifícios estão construídos sobre estacas para minimizar a impermeabilização do solo e são orientados tendo em consideração a luz solar e as sombras.

As energias renováveis são também privilegiadas, através da instalação de painéis solares fotovoltaicos, e a energia térmica é utilizada no aquecimento da água de todas as instalações. O parque vai ter também o próprio sistema de tratamento de lixo, bem como uma estação de tratamento de água e de águas residuais. A água proveniente será toda usada para a rega.

Para além disso, o espaço conta com um parque aquático, uma piscina ao ar livre, outra coberta com ondas e uma para crianças, um centro de bem-estar também com piscina, ginásio, balneários, hidromassagem, banhos turcos, salas de massagem rápida, centro médico e centro de lazer. Para os mais pequenos, está reservada uma quinta pedagógica com vários animais e um observatório.

Ecologia pesa no preço

Mas também o preço distingue este de outros parques de campismo. Alugar um chalet, em época alta (desde o início de Junho até ao final de Setembro), custa 150 euros por noite, um preço que desce para 60 euros no Inverno. Os alvéolos de 100 metros quadrados custam desde 20 euros, em época baixa, a 50 euros, em época alta. Já os Zvilla são para carteiras mais abastadas: 200 euros em época alta e 100 euros na baixa. Por sua vez, os hotéis móveis custam entre 85 e 30 euros.

Todos os preços incluem o acesso a equipamentos (como televisão, internet, ar condicionado) e serviços (lavandaria, piscinas, centro médico). Por isso, sublinha Francisco Mello Breyner, «a relação preço/qualidade é bastante atractiva». Ainda assim, os preços podem pesar na hora de optar entre o Zmar e o Camping Zambujeira, que fica ali ao lado. Neste, os apartamentos para quatro pessoas custam entre 65 a 85 euros, e os visitantes podem deixar os automóveis no perímetro do parque, algo que não é permitido no Zmar.

Eco-turismo ganha adeptos pelo mundo

Um dos objectivos da Multiparques A Céu Aberto é conseguir a certificação do Zmar como eco-hotel, através da TUV Rheinland. Este é um conceito que ainda dá os primeiros passos em Portugal, com aldeamentos como o Villas d’Água, em Albufeira, ou o Vila Park, na Costa Vicentina, já certificados. De acordo com a TUV Rheinland, a certificação ambiental eco-hotel permite a redução de custos através da diminuição de consumos de energia (até 30 por cento), água (até 20 por cento) e resíduos.

Também na Europa a preocupação ambiental nestas infra-estruturas tem vindo a ganhar uma maior dimensão. Na Itália, por exemplo, o primeiro hotel ecológico foi o Ariston Hotel, em Milão, construído com técnicas bio-arquitectónicas e com produtos naturais. A opção verde do hotel inclui a reciclagem e utilização de produtos orgânicos na limpeza e na higiene, e até na gastronomia predominam os produtos orgânicos e de comércio justo.

Em Copenhaga, na Dinamarca, o Carlton Hotel Guldsmeden é o destino preferido dos eco-viajantes, pois é um fiel seguidor da política “verde”. O princípio do hotel é utilizar produtos ecológicos na comida, embalagens e produtos de higiene. Está mobilado com materiais naturais, fabrica os seus próprios sabões e champôs orgânicos, utiliza electricidade verde, recicla, e apoia os fornecedores de comida locais.

Em Benidorm, um dos destinos privilegiados pelos portugueses, o Aparthotel Venus Albir foi o primeiro eco-hotel certificado em Espanha. À semelhança dos anteriores, também aqui os materiais de construção e decoração utilizados são todos naturais e a comida do restaurante do hotel é orgânica.




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