_(small)_1246290800.jpg)
ambiente
Nova ferramenta de avaliação e certificação da construção sustentável lançada em Portugal
A
Ecochoice e o iiSBE Portugal, em cooperação com o
Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG),
apresentaram em Lisboa a ferramenta de avaliação e
certificação da construção sustentável
SBToolPT. Avaliar e classificar o desempenho de um edifício
face às melhores práticas e à prática
convencional é a grande valência da SBToolPT, de
abrangência internacional.
A
metodologia implementada na ferramenta SBToolPT tem por base a
estrutura do sistema internacional de avaliação da
sustentabilidade SBToolPT (Sustainable Building Tool). «O
SBTool é um sistema internacional, voluntário, de
avaliação e reconhecimento da sustentabilidade de
edifícios», explica Isabel Santos, administradora da
Ecochoice. Este sistema, desenvolvido pela associação
sem fins lucrativos iiSBE (international initiative for the
Sustainable Built Environment), é o resultado da colaboração
em consórcio de equipas de mais de 20 países da Europa,
Ásia e América.
O
sistema SBToolPT está dividido em três dimensões
que englobam nove categorias e 30 parâmetros. No caso da
dimensão ambiental, estão englobadas as categorias
alterações climáticas e qualidade do ar
exterior; biodiversidade, energia, utilização de
materiais e produção de resíduos sólidos
e consumo de água e efluentes. Ao nível da dimensão
social estão abrangidos os parâmetros de conforto e
saúde dos ocupantes, bem como a acessibilidade e a
sensibilidade e educação para a sustentabilidade. Já
a dimensão económica contempla a avaliação
dos custos de ciclo de vida dos edifícios (custo inicial e
custos de operação).
Primeiros
casos avaliados
Actualmente,
já estão avaliados os primeiros casos para certificação
pelo SBToolPT. Trata-se dos empreendimentos de Armação
de Pêra e de Ponte da Pedra, que marcaram o arranque da
aplicação da ferramenta em Portugal.
Segundo
Teresa Ponce de Leão, presidente do LNEG, neste momento a
certificação segundo esta metodologia é
voluntária pelo que se está a fazer um enorme esforço
de disseminação aos interessados do sector no sentido
de explicar as suas mais-valias, nomeadamente como é possível
construir melhor e com menores custos, não pensando apenas no
curto-prazo mas sim nos ganhos ao longo do tempo de vida útil
dos edifícios.
«Se
envolvermos todos os intervenientes do sector da construção,
desde os produtores, aos consumidores até ao legislador do
edificado, transmitindo as vantagens deste sistema e comprometendo
todos os actores, seguramente poderemos traduzir esta filosofia de
construção em normas que permitam comparar os produtos
do mercado», afirma a responsável pelo laboratório
tutelado pelo Ministério da Economia e da Inovação.
«O
LNEG, para além ter em curso a avaliação do seu
edifício Solar XXI segundo esta metodologia, quer ser um
parceiro activo na aceleração desta metodologia como
uma boa prática na construção», acrescenta
ainda.