Congresso da APEA debate ambiente no espaço lusófono
ambiente

Congresso da APEA debate ambiente no espaço lusófono

Promover a reflexão sobre o que se pode fazer em termo ambientais no espaço lusófono foi o mote do I Congresso Lusófono de Engenharia do Ambiente, inserido do X Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA), que está a decorrer em Faro. A falta de sistemas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos em Cabo Verde ou a falta de engenheiros ambientais ao serviço do governo de Angola foram alguns dos problemas apontados ontem por representantes destes governos.

«Neste momento não temos um verdadeiro sistema de tratamento de resíduos sólidos urbanos», confirmou Leão de Carvalho, representante no congresso da Direcção Geral do Ambiente de Cabo Verde. O responsável instou ainda que empresas privadas “idóneas” apresentem ao governo cabo verdiano soluções de tratamento de resíduos sólidos urbanos. Falta de fiscalização no terreno e a necessidade de aproveitar os recursos naturais do país, especialmente através da energia solar e eólica, foram outras das preocupações apontadas por Leão de Carvalho.

Já em Angola, as áreas prioritárias passam pela formação de quadros, elaboração de estratégias de acção contra as alterações climáticas e educação ambiental. «Estas são as três áreas que estamos a discutir com vários parceiros em Portugal, para que haja uma implementação no próximo ano. Haverá outras áreas, como a biodiversidade, mas estas três são as principais áreas para as quais estamos à procura de parceiros», adiantou o director nacional para o Ambiente de Angola, Vladimir Russo, ao AmbienteOnline. O responsável angolano acrescentou que o governo de Angola conta com poucos engenheiros do ambiente, já que os técnicos existentes no país preferem o sector privado.

Durante o Congresso Lusófono de Engenharia do Ambiente, houve ainda espaço para debater projectos concretos de entidades portuguesas nos países de língua oficial portuguesa. Os projectos do Grupo Pestana em São Tomé e Príncipe, a recolha de resíduos urbanos em Moçambique pela EGF, o investimento da AGS no sector da água dos países lusófonos e a aplicação das tecnologias de informação em São Tomé e Príncipe pela Ecogestus foram alguns dos exemplos práticos mencionados.

Trabalhos continuam hoje

O X Congresso Nacional de Engenharia do Ambiente (CNEA) continua hoje numa sessão dedicada ao papel das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na gestão da sustentabilidade. Segundo Pedro Santos, presidente da APEA, o congresso torna-se assim um meio de «realçar aquilo que de bom se faz em Portugal» nesta área. Entidades privadas e públicas vão debater o papel das TIC na evolução dos sectores ligados ao ambiente, numa sessão em que estão agendadas as apresentações de casos práticos da Aquasis, empresa do grupo Águas de Portugal, Agência de Energia, Intergraph, ESRI, grupo Sondar, AreanaTejo, Galp Energia e da Agência Portuguesa do Ambiente, entre outros.

Durante o evento, que decorre na Universidade do Algarve, vão ainda ser apresentados os projectos galardoados com o Prémio Nacional de Inovação Ambiental e a Rede Europeia de profissionais do ambiente (ENEP – European Network of Environmental Professionals), que pretende facilitar uma base de contactos e conhecimentos entre profissionais do ambiente, instituições públicas e organizações privadas.

Topo
Este site utiliza cookies da Google para disponibilizar os respetivos serviços e para analisar o tráfego. O seu endereço IP e agente do utilizador são partilhados com a Google, bem como o desempenho e a métrica de segurança, para assegurar a qualidade do serviço, gerar as estatísticas de utilização e detetar e resolver abusos de endereço.