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Expo Energia 2009: Potencial do País para a eólica offshore chega aos 2500 MW
«Existe
um potencial eólico offshore elevado em Portugal, na ordem
dos 2000 a 2500 MW, com muito bons indicadores de desempenho»,
garante Ana Estanqueiro, invetigadora do Laboratório Nacional de
Engenharia e Geologia (LNEG). A directora da Unidade de Energia
Eólica e dos Oceanos daquele laboratório garante mesmo que, «ao
contrário do que tem vindo a ser assumido, a plataforma continental
não afunda rapidamente», uma vez que depois dos 35/40 metros, até
aos 300 metros, o declive é muito baixo (cerca de 3 por cento), o
que permite a instalação das turbinas eólicas».
Falando
ontem à tarde na sessão sobre “Eólica offshore: levantamento do
potencial do País, limitações e soluções tecnológicas”, na
Expo Energia 2009, que está a decorrer no Taguspark, em Oeiras, a
especialista revelou que na zona Norte do País, particularmente ao
largo de Viana do Castelo e do Porto, é possível instalar 500 MW.
Mais
abaixo, na zona Centro, é possível instalar 700 MW, com uma
produtividade que chega a 3400 horas/ano. Estes dados constam do
Atlas do Vento Offshore em Portugal, elaborado pelo LNEG.
A
investigadora adiantou ainda que o LNEG pretende constituir um
consórcio para o desenvolvimento de uma tecnologia de exploração
da eólica offshore, e espera consegui-lo nos próximos anos. Por
outro lado, lamenta, «os atrasos nos programas de financiamento
nacionais e o fraco envolvimento das empresas» são ainda alguns
obstáculos a ultrapassar, refere.