_1262605067.jpg)
ambiente
Dulce Pássaro promete 500 milhões de euros para o litoral até 2013
As
acções de protecção do litoral português vão custar 500 milhões
de euros, provenientes de fundos nacionais e europeus, que serão
investidos até 2013, no âmbito do Plano de Acção para o Litoral.
O valor, avançado pela ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, em
entrevista ao “Jornal de Notícias”, destina-se ao combate à
erosão costeira, bem como à defesa, requalificação e valorização
da orla costeira.
«Quero,
no imediato, dedicar mais tempo ao litoral», sublinha Dulce Pássaro.
Segundo a governante, os quatro projectos Polis Litoral –
Norte, Ria de Aveiro, Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, e Ria
Formosa – irão orientar a reabilitação da zona costeira. «Estão
criadas as sociedades e alocadas verbas nos programas operacionais»,
explica a ministra, garantindo que os programas irão avançar com a
«rapidez possível».
Ao
diário, a ministra do Ambiente adiantou também que o Plano
Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas
Residuais (PEAASAR) será revisto este ano.
Co-incineração é
tema «esgotado»
Sobre
a co-incineração em Souselas, Dulce Pássaro vê «com bons olhos»
a recente decisão judicial que autoriza o avanço do processo,
explicando que a co-incineração está prevista «só para uma
fracção de resíduos perigosos que não podem ser tratados de outra
forma. Para eles, o País tem duas opções: ou continua a exportar
ou trata-os cá».
«Temos
estruturas adequadas e não devemos também estar a sobrecarregar os
nossos industriais ou produtores de resíduos com custos acrescidos
pela circunstância de exportarem», refere a titular da pasta do
Ambiente, sublinhando que este é um assunto «esgotado».
Em
relação à qualidade da água dos rios e às potenciais ameaças
causadas pelos projectos previstos no Programa Nacional de Barragens,
Dulce Pássaro entende que «a análise encomendada pela Comissão
Europeia está desfocalizada», uma vez que «algumas
lacunas identificadas na avaliação ambiental estratégica estão a
ser desenvolvidas nos estudos de impacto ambiental de cada barragem».
«Claro que uma
barragem leva à perda de biodiversidade, mas até nesse plano se
pode ganhar outra diversidade», considera.
A titular da pasta do
Ambiente diz ainda que não está preocupada com eventuais transvases
do Tejo em Espanha, uma vez que «os transvases são decididos a
nível do Governo central de Espanha» e «nenhum transvase está
previsto», segundo garantias dadas pelo governo espanhol.