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ambiente
Fundo de Equilíbrio Tarifário poderá avançar em 2010
Para melhorar a implantação do Plano
Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas
Residuais para o período 2007-2013 (PEAASAR II) está previsto um
conjunto de iniciativas como a conceptualização e a regulamentação
de um Fundo de Equilíbrio Tarifário enquanto sistema de perequação,
para se evitar uma excessiva dispersão tarifária resultante da
existência de regiões favorecidas e regiões desfavorecidas em
termos de recursos hídricos.
Pedro Serra, presidente do Grupo Águas
de Portugal, considera que a constitutição desse fundo «seria uma
boa ajuda para a resolução de muitas das dificuldades do sector» e
garante que o assunto vem sendo discutido com o Governo há vários
meses.
«Admito que
seja possível, e penso que seria seguramente bom para o sector, se
esse mecanismo de equilíbrio tarifário viesse a ser constituído
ainda durante o ano de 2010», diz.
O assunto já tinha começado a ser
conversado com o anterior ministro do Ambiente. Aliás, «foi um
pouco da iniciativa do ministro Francisco Nunes Correia a inclusão
de uma referência a esse Fundo de Equilíbrio Tarifário no plano
estratégico que foi aprovado no final de 2006. A ideia não é nova,
tem feito o seu caminho», refere o responsável, numa grande
entrevista dada ao jornal Água&Ambiente, que será
publicada na edição de Março daquela publicação.
Neste momento, existem já algumas
referências à necessidade da constituição desse fundo em
documentos da Associação Nacional de Municípios Portugueses e, em
muitas regiões, os autarcas assumiram esse projecto, como sendo um
projecto de interesse regional e nacional.
«É um processo que não é muito
simples, porque tem de ser desenhado com algum sentido de equilíbrio
para, por um lado, considerar todos os operadores do sector – há
mais de 400 operadores no sector de serviço de abastecimento de água
e saneamento de águas residuais – e, ao mesmo tempo, não se
constituir um incentivo à ineficiência, porque, independentemente
de quaisquer apoios que as tarifas em algumas regiões possam
receber, vai ser necessário que os operadores sejam eficientes e vai
ser necessário que os consumidores paguem uma parte significativa
dos custos dos serviços que lhes são prestados», afirma Pedro
Serra.