Self Energy afirma-se em Moçambique
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Self Energy afirma-se em Moçambique

A Self Energy Moçambique protagoniza o mais importante acordo de cooperação estabelecido entre Portugal e Moçambique para o sector das energias renováveis. A empresa vai avançar com projectos, nomeadamente de mini-hídricas e mini centrais solares, que implicam um investimento de 30 milhões de euros.

Os projectos pretendem gerar energia junto a comunidades isoladas e sem acesso à rede eléctrica, através de tecnologias com base em energia renovável, explica Miguel Matias, presidente do conselho de administração da Self Energy Moçambique e do grupo Self Energy, ao AmbienteOnline.

Desta forma, é possível dar mais energia, mais segurança e mais qualidade de vida às populações pobres do País. «Estamos a identificar os locais para a instalação de 4 a 5 centrais com alguma dimensão», avança.

Entretanto, a Self Energy Moçambique também já assinou um acordo de cooperação, com o Fundo Nacional de Energia, que vai permitir a produção local de energia renovável em 50 escolas, 50 centros de saúde e 2 hospitais, localizados em zonas rurais, onde a rede eléctrica não chega. Nos hospitais será igualmente colocada tecnologia para produção de energia solar térmica com vista ao aquecimento de águas sanitárias. O projecto contempla ainda a instalação de sistemas de bombagem e tratamento de água, igualmente com recurso a energia solar.

Estes projectos foram estabelecidos no quadro da recente visita do primeiro ministro português a Moçambique e irão beneficiar mais de 200 mil pessoas, gerando igualmente cerca de 500 postos de trabalho permanentes e outros 500 temporários, na fase de instalação.

Miguel Matias faz um balanço muito positivo da visita oficial àquele país, que decorreu no final de Fevereiro. Além do enfoque colocado na área da energia, «avançou-se com alguns temas que estavam bloqueados há cerca de 2 anos, como é o caso da questão do fundo da energia que não estava operacional».

Intervenção nos hóteis Pestana

Foi no ano passado que a Self Energy avançou com a criação de uma empresa em Moçambique. Actualmente, este já é um mercado mais fácil. «Sabemos quais os projectos necessários e temos uma estrutura local para os implantar», garante Miguel Matias.

Naquele território, a empresa está também atenta à área da eficiência energética nos hóteis. «A questão não é só produzir energia localmente, mas também maximizar a energia que existe», sublinha. Actualmente, a companhia está a realizar uma intervenção energética em três hotéis do Grupo Pestana, para eficiência energética e utilização de energias renováveis . O projecto tem em vista reduzir custos e reduzir emissões de dióxido de carbono e inclui a avaliação das soluções de geração de energia com gás natural na ilha do Bazaruto, actualmente servida por um pipeline submarino.

Outra área que pode ter bastante potencial tem a ver com a electrificação de serviços de utilidade pública. Por exemplo, a empresa vai instalar painéis solares fotovoltaicos no aeroporto. O projecto, ganho em concurso público, vai colocar energias renováveis numa das principais entradas turísticas de Moçambique.

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