Empresa em destaque: Valnor aposta na produção de energia
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Empresa em destaque: Valnor aposta na produção de energia

Depois de ter concluído, no ano passado, a segunda fase da unidade de compostagem, que envolveu um investimento de cinco milhões de euros, para 2010, a Valnor aposta numa nova área: a produção de energia.

O concurso público para a construção da central de digestão anaeróbia foi já lançado, estando a adjudicação da obra prevista para breve. Desta forma, «garantimos o tratamento integral de todo o fluxo de resíduos da Valnor», garante José Pinto Rodrigues, administrador-delegado da empresa.
Com a assinatura do contrato de construção a ficar concluído ainda durante o primeiro semestre, a Valnor conta iniciar a produção de energia no início de 2012.

Para apoiar o financiamento da construção desta infra-estrutura, a empresa efectuou uma candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional.

A produção de energia a partir de biogás do aterro sanitário de Avis deverá rondar entre 1 e 1,4 MW, mas com o encerramento do aterro de Abrantes, que serve os concelhos de Abrantes, Mação, Sardoal, Vila de Rei e Gavião, a produção poderá aumentar em cerca de 1MW. Para já, a Valnor possui autorização para a injecção na rede eléctrica de 1MW.

Unidade de CDR em andamento

Quanto à unidade de produção de combustível derivado de resíduos (CDR) que a empresa tinha planeada, José Pinto Rodrigues afirma estar «em negociações muito adiantadas» com as cimenteiras para garantir escoamento desse material.

A produção de CDR oferece uma alternativa de aproveitamento aos 30 por cento de resíduos que a empresa ainda envia para aterro. «Se os testes correrem bem, estamos em condições de lançar a construção até Junho», acredita José Pinto Rodrigues, de forma a ter unidade a produzir no início de 2011.

Aposta nos RCD

Outra aposta da empresa passa pelos resíduos de construção e demolição (RCD). O projecto foi iniciado em 2007 e implicava a instalação, em toda a área de influência da empresa, de seis unidades de recepção, dois aterros de deposição final, 400 contentores, seis camiões de recolha, crivo móvel e uma britadeira móvel. A última unidade, no concelho do Gavião, foi inaugurada no início de Fevereiro. O investimento global rondou os 2,3 milhões de euros, permitindo a criação de 22 postos de trabalho directos.

Em virtude deste investimento, a empresa conseguiu recolher, em 2009, 12 mil toneladas de RCD, quase duplicando o valor registado no ano anterior (7 mil toneladas). O objectivo «teórico», tendo em conta o número de habitantes do distrito de Portalegre (117 mil), ronda as 30 mil toneladas, mas José Pinto Rodrigues sublinha o facto de atravessarmos um ano de crise económica, com reflexos na actividade construtiva.

O ano de 2009 foi positivo para a empresa que fechou com um lucro bruto de 2,8 milhões de euros.
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