Sócrates visita Brasil e Venezuela para reforçar investimentos
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Sócrates visita Brasil e Venezuela para reforçar investimentos

Com a perspectiva de reforçar os investimentos bilaterais, o primeiro-ministro José Sócrates arrancou, ontem, para uma visita oficial de quatro dias ao Brasil e à Venezuela.

Esta quinta-feira o governante tem agendado um encontro com empresários brasileiros e portugueses na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. No Rio de Janeiro, Sócrates terá na sexta feira um encontro de trabalho com empresários portugueses com interesse em investir no Brasil.

Empresários portugueses tentam redescobrir Brasil

Considerado o motor da internacionalização da língua portuguesa devido à sua grande dimensão internacional, o Brasil pode também ser um país de eleição para a expansão das actividades das empresas portuguesas. Se a chegada, em 22 de Abril de 1500, da frota comandada por Pedro Álvares Cabral, ao território onde hoje se encontra o Brasil foi um marco histórico, o potencial daquele país continua a despertar uma enorme atracção.

Segundo informação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, (AICEP), as empresas portuguesas têm evidenciado um notório aumento de interesse em explorar novas oportunidades do mercado brasileiro». A esta situação não é alheio o facto de aquele país se apresentar num momento único, quer pelo bom desempenho da sua economia - que se espera que volte a crescer em mais de 5 por cento em 2010 (em contraponto ao ciclo das economias europeias e dos EUA) -, quer pelas oportunidades que irão gerar os dois eventos de nível global agendados - os Jogos Olímpicos em 2016 e a Copa do Mundo de Futebol em 2014.

Não admira, portanto, que todos os indicadores apontem «para que o século XXI seja o “século brasileiro”, ressalta Nuno Gomes Ferreira, responsável pelo Instituto Português de Estudos Fiscais Internacionais. «Quando pensamos num contexto de integração económica europeia, verificamos que o Brasil pode ser um vector fortíssimo de compensação das debilidades da nossa economia», frisa o responsável.

Áreas mais promissoras

Investimentos em grandes projectos, aliados à carência que o Brasil apresenta no que respeita a infra-estruturas de base, poderão gerar enormes oportunidades para as empresas brasileiras e estrangeiras dos mais variados sectores.

Só entre 2010 e 2025, será necessário um investimento de 142 mil milhões de dólares de forma a contribuir para universalizar os serviços de abastecimento de água, de recolha e tratamento de esgotos e resíduos. «Depois das questões relacionadas com a segurança, a prioridade das pessoas vira-se para o saneamento», salienta Cassilda Teixeira de Carvalho, presidente nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.

100 empresas portuguesas no Brasil

Estes são alguns dos atractivos que podem chamar os portugueses para o brasil, onde são já mais de 100 as empresas com capital português em diversos sectores da economia brasileira, identificados na listagem da AICEP como mantendo uma actividade regular e com presença reconhecida no mercado.

Na área da energia, destacam-se a Galp Energia (parceria/joint-venture com a Petrobras), EDP, Grupo HLC, Grupo Martifer e Ecoprogresso. Estão presentes no mercado mais duas empresa de consultoria em engenharia com foco na àrea de ambiente: Consulgal e Coba.

No que respeita a grandes obras de infra-estrutura (que poderá englobar ambiente, saneamento e resíduos) temos presente o Grupo Mota-Engil, que procura parcerias para desenvolver projectos nesses sectores. Outras empresas do sector de construção poderão também ter interesse nessa área, como por exemplo o Grupo Teixeira Duarte e a Bascol.
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