
Selvagem Pequena: o paraíso em terra firme
O dia não prometia: céu cinzento, alguma chuva, alguma maré. Apesar disso, alguns investigadores resolveram tirar o dia, pôr o pé em terra firme e ir ao encontro dos colegas que estão a trabalhar na Selvagem Pequena.
A saída do navio faz-se através de lanchas. Por sua vez, já perto da praia, uma lancha recolhe as pessoas e leva-as até à rebentação. Já em terra, na praia, avistam-se as tendas dos cientistas que pernoitam na ilha. Mais lá ao fundo, a cabana dos vigilantes, com a bandeira de Portugal a agitar-se na brisa que entretanto amainou.
Apesar de a ilha ter mais de 22 hectares, só é permitido caminhar nos trilhos traçados, já que os ninhos de calca-mares estão por todo o lado, escavados na areia. No único monte que existe, as rochas servem de abrigo às cagarras e aos lagartos que passeiam, na sua calma, indiferentes aos visitantes que tiram as fotografias da praxe.
Para além da cabana, o único sinal de presença humana na Selvagem Pequena são os painéis fotovoltaicos, a única fonte de energia que existe por aqui. De três em três semanas, aparece o barco patrulha com os dois vigilantes que irão render os que estão na ilha.