Observatório das Florestas deve ser independente, alerta Forestis
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Observatório das Florestas deve ser independente, alerta Forestis

A Forestis - Associação Florestal de Portugal não podia estar mais satisfeita com o anúncio da criação de um Observatório Nacional para as Florestas, feito esta semana por Rui Barreiro, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, ou não se tratasse de uma medida já reinvindicada pela entidade desde 2008.

Mas Rosário Alves, directora-executiva da Forestis, revelou ao AmbienteOnline a necessidade desta medida ter de ser acompanhada por outras.«O observatório é uma prioridade no sentido em que se vai poder fazer um levantamento do estado da arte, avaliar o que está a ser feito e reprogramar as acções na medida do que for necessário nas Zonas de Intervenção Florestal [ZIF].

Assim, é necessário que este seja independente das entidades que têm acções directas na implementação das ZIF - como as entidades gestoras e a Autoridade Nacional das Florestas», explica Rosário Alves. Por isso, sugere que esta nova entidade seja participada por instituições de ensino e investigação e que contemple as disciplinas de silvicultura, economia e direito.

Em simultâneo, diz a especialista da Forestis, outras medidas têm de ser implantadas, como é o caso do cadrastro florestal e da revisão do regime fiscal. Relativamente ao cadastro nacional, o Governo anunciou, ainda em 2009, projectos-piloto de cadastro florestal para oito regiões, mas nenhum deles avançou para o terreno. «O obversatório é uma boa ferramenta para se avançar para o terreno, mas se não surgirem outras das medidas por nós reinvidicadas, teremos de continuar a pressionar o Governo», alertou Rosário Alves.

Recorde-se que o pacote de medidas reinvindicadas pela Forestis, em 2008, para o sector incluia oito medidas, que continuam a ser «muito importantes», nomeadamente a operacionalização do Proder, e o reforço da formação no âmbito do Programa Nacional de Sapadores Florestais. Mas Rosário Alves lembra também que ao contrário do que sucedeu este ano, a componente de sensibilização não pode ser esquecida.

«Tivemos a informação de que existiam 700 mil euros para campanhas em 2010, mas nada foi desenvolvido nesta área. Isto quando a educação tem de ser contínua, não pode haver quebras sob o risco de se verificarem retrocessos», adverte, remantando que «deve ter havido falta de coordenação por parte da Autoridade Nacional Florestal».

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