
Angola quer levar água potável a 100 por cento das zonas urbanas até 2017
Angola quer garantir que a água potável chega a 100 por cento das zonas urbanas do país até 2017. É pelo menos esse o objectivo traçado pelo Governo. O secretário do Estado das Águas de Angola, Luís Filipe da Silva, garantiu na sexta-feira, durante o encontro lusófono do sector da água, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, último dia do Congresso Mundial da Água, (IWA), que o poder executivo quer promover o abastecimento de água potável e água para uso no sector produtivo, bem como apostar no saneamento.
“Para 2017 espera-se atingir um nível de cobertura de abastecimento de água de 100 por cento nas zonas urbanas e 80 por cento nas zonas rurais, através da reabilitação e expansão dos sistemas e sobretudo com a implementação do programa 'Água Para Todos'”, referiu.
Para Timor um dos grandes objectivos é reconstruir as infra-estruturas básicas de forma a garantir o abastecimento de água e saneamento adequadro. O ministro das Obras Públicas de Timor-Leste, Gastão de Sousa, afirmou que está a ser delineado um plano estratégico que visa desenvolver a nação ao longo das próximas duas décadas, mais precisamente até 2030. “Há muitas pessoas sem acesso aos serviços básicos, como nutrição, água potável, educação, saneamento adequado e condições básicas de saúde. As acções desse plano visam que passemos de um país de baixo rendimento a um país de médio/alto rendimento e com a população instruída”, assinala.
De acordo com Gastão de Sousa, o protocolo assinado com o ministério português, no âmbito do saneamento e da gestão dos resíduos sólidos, é um exemplo de como o Timor-Leste pode cumprir os seus objectivos.
A presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, realçou no mesmo encontro que o direito à água em quantidade e qualidade no sítio certo e momento certo promove o progresso social e económico e deve constituir um ponto essencial da agenda do desenvolvimento pós 2015.
A embaixadora Alda Santos, conselheira Político Diplomática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, finalizou o painel fazendo um apelo para a importância de se acabar com a desigualdade significativa da distribuição da água na questão geográfica. “Torna-se urgente proceder-se a uma reflexão conjunta visando medidas eficazes para a correcta distribuição, tratamento, conservação e protecção da água, de forma a erradicar a pobreza e estabelecer uma vida digna para todos”, concluiu.
Martina Jung