
APOVE assume gestão de resíduos de embalagens industriais em Portugal
A Associação Portuguesa para a Valorização de Embalagens (APOVE) anunciou esta quinta-feira, em comunicado, o início da sua atividade em Portugal, com o objetivo de gerir os resíduos de embalagens do setor industrial, no âmbito da nova legislação europeia e nacional que entrou em vigor em janeiro deste ano.
Criada pela empresa espanhola Heura, a APOVE passa a atuar como um Sistema de Responsabilidade Alargada do Produtor (SCRAP), assegurando a recolha, reciclagem e valorização de embalagens industriais e profissionais. “O nosso objetivo é oferecer uma solução integrada que facilite a adaptação a estas exigências de forma eficiente e sustentável”, afirmou José Guaita, presidente da Heura.
Com a entrada em vigor da nova regulamentação, todas as embalagens — incluindo as utilizadas no setor profissional — devem ser geridas por um SCRAP. A lei exige também que fabricantes estrangeiros que vendem produtos embalados em Portugal se inscrevam num sistema nacional e nomeiem um representante autorizado, caso não possuam número de identificação fiscal português, escreve a APOVE em comunicado.
A APOVE já começou a atrair empresas multinacionais com atividade no país, entre as quais a YARA, a SQM, a WACKER Chemie e a Haifa Group. Para Guaita, representando esta presença, para a entidade, “um avanço significativo na otimização da gestão de resíduos industriais e agrícolas”.
Antes da nova legislação, Portugal reciclava anualmente cerca de 500 mil toneladas de embalagens. Com a inclusão das embalagens profissionais, o volume do sistema deverá crescer substancialmente, espera a APOVE, que afirma que pretende assumir uma parte relevante desse aumento, em articulação com as entidades já existentes, como a SPV e a Novo Verde.