Autarca de Vila Real: Sede da Águas do Norte no interior é “cereja no topo do bolo”
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Autarca de Vila Real: Sede da Águas do Norte no interior é “cereja no topo do bolo”

Se o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos (PS), já estava satisfeito com a reforma do sector da água, mais ficou depois de saber que será no seu concelho a sede da futura empresa Águas do Norte, que agregará quatro sistemas multimunicipais em alta - SIMDOURO (Saneamento de Águas Residuais - SAR), Águas do Douro e Paiva (Abastecimento de Água - AA), Águas do Noroeste (AA+SAR), Águas de Trás os Montes e Alto Douro (AA+SAR).

“ A reestruturação do sector da água não é a ideal, mas é a possível. Significa um grande avanço na lógica de coesão e solidariedade territorial. A cereja no topo do bolo é o facto da futura empresa Águas do Norte ficar sediada em Vila Real”, disse o autarca ao Ambiente Online.

Para o autarca a reestruturação do sector da água reconhece também a necessidade de “fixar competências e população no interior do país”.

Rui Santos tem esperança de que a sede em Vila Real funcione efectivamente no interior concretizando a descentralização que se pretende implementar. “Espero que o Conselho de Administração tenha o discernimento para interpretar o espírito da lei”, sublinha.  

O autarca tem ainda a expectativa de que a mudança sirva também para trazer financiamento comunitário de forma a resolver problemas, designadamente no que diz respeito ao alargamento da taxa de cobertura na área de saneamento e perdas de água.

O município foi o único da região a reduzir este ano o preço da água aos consumidores em oito por cento, uma promessa eleitoral, isto apesar de pagar um preço elevado pela água em alta. Rui Santos espera continuar esta tendência decrescente no município, mas lembra, por outro lado, que a autarquia tem para resolver um passivo de 14 milhões da empresa municipal de águas resíduos (EMAR), fardo que herdou do anterior executivo.

Rui Santos admite ainda que apesar da reforma da água possibilitar uma descida do preço da água em alta a maior parte dos municípios da zona terão que aumentar as tarifas cobradas directamente ao consumidor já que os sistemas têm que ser sustentáveis.

A reforma do sector irá agregar, tal como estava previsto, as 19 empresas do grupo Águas de Portugal em cinco empresas regionais.

A criação de sistemas multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento do Norte, Centro Litoral e Lisboa e Vale do Tejo permitirá uma harmonização tarifária entre o interior e o litoral.

O "emagrecimento do grupo Águas de Portugal” vai permitir uma poupança total de 2700 milhões já que haverá “uma redução de dois terços dos órgãos sociais”, passando o número de administradores de 70 para 20 e o de directores de 300 para 150, segundo dados do Ministério do Ambiente.

Ana Santiago 

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